Um vídeo que viralizou neste domingo (13) mostra um torcedor palmeirense caído perto de policiais militares nos arredores do Allianz Parque no sábado (12),
Redação Publicado em 14/02/2022, às 00h00 - Atualizado às 07h16
Um vídeo que viralizou neste domingo (13) mostra um torcedor palmeirense caído perto de policiais militares nos arredores do Allianz Parque no sábado (12), durante briga entre torcedores após a derrota no Mundial de Clubes. Enquanto outras pessoas cercam o homem caído e pedem socorro aos agentes, dizendo que ele foi baleado, os policiais permanecem sem ação (veja acima).
Nas redes sociais, internautas questionam a atitude da polícia.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Militar “acionou o socorro especializado para o atendimento à vítima baleada. Devido à gravidade do ferimento, seria inadequado o socorro em qualquer outro tipo de transporte. Unidade de Resgate de Suporte Avançado do Corpo de Bombeiros atendeu a vítima, prestou os primeiros-socorros no local e a levou imediatamente para o Hospital das Clínicas”.
A SSP não diz, na nota, se o torcedor que aparece no vídeo é Dante Luiz, o torcedor que foi baleado e morto durante a confusão.
A Justiça de São Paulo, neste domingo (13), converteu a prisão em flagrante do suspeito de matar um torcedor do Palmeiras, José Ribeiro Apóstolo Jr., em prisão preventiva. A decisão foi tomada depois de o juiz realizar a análise do flagrante, que está substituindo audiências de custódia durante a pandemia.
José Ribeiro é agente penitenciário. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), do governo do estado, informou que aguarda a decisão da Justiça na audiência de custódia para decidir se ele será afastado de suas funções.
Em depoimento, José Ribeiro afirmou ter atirado “em legítima defesa”. Ele está sendo indiciado pela polícia por homicídio.
O agente penitenciário atua na escolta de presos na capital e na região metropolitana e estava lotado na Penitenciária Feminina Sant’ Ana. “A Secretaria da Administração Penitenciária esclarece que colabora com a investigação da Polícia Judiciária sobre o envolvimento de um Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária na morte de um torcedor do Palmeiras”, disse a SAP, em nota.
Elizeu Soares Lopes, ouvidor da Polícia, disse que “a cultura de paz precisa ser imediatamente retomada” e que “esse ato covarde e infame não destoa da realidade do Brasil”. “Isso é barbárie, precisamos derrotar o ódio, instalado no Brasil.”
De acordo com o delegado Maurício Freire, da Divisão de Operações Especiais, José declarou que foi cercado por torcedores e, apesar de ter dito a eles que também é palmeirense, teve o celular arrancado das mãos.
O agente então teria corrido e mostrado algumas vezes que estava armado. Segundo o depoimento, José diz só ter atirado quando foi atacado pelos torcedores que o perseguiam.
Segundo o delegado afirmou em entrevista coletiva, foi identificada uma quadrilha de roubo de celulares nas imediações do estádio e outros torcedores realmente foram atrás do suspeito. O agente penitenciário tem porte e posse de arma.
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Agência Brasil
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