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PM que matou rapaz em boate de Olímpia agiu em legítima defesa, diz delegado

O policial militar que matou um rapaz em uma boate de Olímpia (SP) teria agido em legítima defesa, segundo o delegado que investiga o caso que aconteceu no

PM que matou rapaz em boate de Olímpia agiu em legítima defesa, diz delegado
PM que matou rapaz em boate de Olímpia agiu em legítima defesa, diz delegado

Redação Publicado em 22/07/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h35


Briga começou depois que rapaz esbarrou no PM. Polícia agora investiga se ataques de vandalismo em Olímpia (SP) foram feitos em represália à morte de Everson.

O policial militar que matou um rapaz em uma boate de Olímpia (SP) teria agido em legítima defesa, segundo o delegado que investiga o caso que aconteceu no domingo (15).

“Após ver as imagens entendo que o policial Torres agiu em legítima defesa. Ele estava com a arma de uso permitido e agiu em legítima defesa”, afirma o delegado Marcelo Pupo durante a coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (20).

A Polícia Civil divulgou as imagens do circuito de segurança da casa noturna, que flagrou a briga entre o PM e o rapaz.

Briga entre PM e rapaz foi em boate de Olímpia (SP). (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

Briga entre PM e rapaz foi em boate de Olímpia (SP). (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

Eles trocaram socos e empurrões e a esposa do policial também foi agredida. Com as agressões, o PM Antônio Carlos Torres caiu no chão, mas se levantou e atira quando Everson Luis dos Santos tentou agredi-lo novamente.

Ainda de acordo com o registro das câmeras de segurança, enquanto algumas pessoas da boate tentaram socorrer o rapaz baleado, outras cercam o policial que manteve a arma abaixada. Depois, o PM e a esposa deixaram o estabelecimento. Everson chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do hospital.

“Ele [o policial] mantém ali o espaço de segurança dele. Se outras pessoas invadem aquele espaço para pegar o armamento, a discussão poderia evoluir. O posicionamento dele entendemos como correto”, explica o policial militar Alessandro Righetti.

Ainda segundo o delegado, os envolvidos que forem identificados responderão por agressão. “Não vejo motivo para pedir prisão temporária porque tudo está sob controle. Não está colocando em risco a ordem pública, então não será pedido nenhum tipo de prisão”, diz.

O comando da Polícia Militar do Estado se pronunciou numa nota oficial e disse que a Polícia Civil recolheu a arma do policial e que ele continua trabalhando normalmente em sua unidade.

Os ataques

Vândalos fizeram uma onda de ataques na madrugada de quarta-feira (18) em Olímpia e 15 ônibus e nove carros foram incendiados. Foram montadas barricadas com pneus e lixo, materiais que espalharam rapidamente as chamas.

A polícia suspeita que vandalismo tenha sido feito em represália a morte de Everson.

Everson Luís Nunes morreu após ser baleado (Foto: Arquivo Pessoal)

Everson Luís Nunes morreu após ser baleado (Foto: Arquivo Pessoal)

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