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Plataforma inédita sobre mulheres cientistas é lançada em SP

O projeto Open Box da Ciência mergulhou em bases de dados oficiais para identificar as mulheres cientistas com contribuições importantes para a pesquisa em

Plataforma inédita sobre mulheres cientistas é lançada em SP
Plataforma inédita sobre mulheres cientistas é lançada em SP

Redação Publicado em 12/02/2020, às 00h00 - Atualizado às 17h56


Open Box da Ciência mostra dados de cientistas brasileiras

O projeto Open Box da Ciência mergulhou em bases de dados oficiais para identificar as mulheres cientistas com contribuições importantes para a pesquisa em cinco áreas do conhecimento. O levantamento sobre mulheres na ciência foi lançado nesta quarta-feira (12), em São Paulo. No mesmo evento também ocorreu o lançamento da Agência Bori, plataforma que vai fornecer a jornalistas dados sobre estudos inéditos de pesquisadores brasileiros.

O Open Box da Ciência foi uma iniciativa da Gênero e Número [organização de mídia no Brasil orientada por dados para qualificar o debate sobre equidade de gênero], o mapeou 250 pesquisadoras mais influentes das áreas de Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Exatas e da Terra, Engenharias, Ciências Biológicas e Ciências da Saúde.

As pesquisas e os perfis das pesquisadoras estão reunidos em uma plataforma digital, de conteúdo aberto e interativo, com visualizações de dados e reportagens que narram suas trajetórias a partir de um recorte de gênero, indicando referências femininas para chegar a esse lugar de destaque e revelando desafios vencidos.

Para chegar ao grupo, foi aplicada uma metodologia de extração e análise de dados da plataforma Lattes. Usando critérios da Capes para conceder bolsas de apoio à pesquisa, um algoritmo foi desenvolvido para listar todas as pesquisadoras com doutorado.

“Além da plataforma digital, que tem o objetivo de dar visibilidade a um grande grupo de mulheres cientistas, organizamos uma base com cada nome que consta no Lattes com doutorado”, explica a coordenadora do projeto e diretora da Gênero e Número, Giulliana Bianconi.

Segundo Giulliana, o projeto foi criado para ser um espaço de visibilidade para as mulheres que contribuem para a ciência brasileira. “ Para a gente chegar num resultado, usamos vários critérios, também utilizados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculado ao Ministério da Educação, e identificamos quais eram as mulheres que tinham a maior produção e divulgação científica”.

Entre os critérios utilizados estão artigos escritos (como primeiro ou segundo autor), número de premiações, organização e participação em eventos, congressos, exposições e feiras e separou as 50 pesquisadoras mais relevantes em cada área. Giulliana destaca que ainda que a iniciativa ajuda a debater também sobre questões raciais. “O resultado mostrou que tem pouca diversidade na ciência com relação a raça, [que é] um fator interessante”.

Agência Brasil

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