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Pimentel, candidato do PT ao governo de Minas, diz que não há prazo para regularizar pagamento dos servidores

O candidato ao governo de Minas Gerais pelo PT, Fernando Pimentel, foi entrevistado pelo MG1 nesta sexta-feira (14). Nesta semana, a Globo em Minas

Pimentel, candidato do PT ao governo de Minas, diz que não há prazo para regularizar pagamento dos servidores
Pimentel, candidato do PT ao governo de Minas, diz que não há prazo para regularizar pagamento dos servidores

Redação Publicado em 14/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 14h05


O candidato ao governo de Minas Gerais pelo PT, Fernando Pimentel, foi entrevistado pelo MG1 nesta sexta-feira (14). Nesta semana, a Globo em Minas entrevistou os cinco candidatos ao governo do estado mais bem posicionados nas pesquisas.

Pimentel é o atual governador. Economista, ele nasceu em Belo Horizonte e tem 67 anos. Foi secretário municipal, vice-prefeito, e prefeito da capital mineira. Também foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do governo Dilma Rousseff e desde 2015 é governador de Minas.

Durante a conversa, o candidato disse que ainda não é possível falar em um prazo para regularizar o pagamento dos salários dos servidores estaduais e falou que os últimos atrasos se deram por bloqueios nas contas do estado feitos pelo governo federal. “Isso aí é público e notório, nós temos causas no STF em relação a isso, já ganhamos algumas, vamos ganhar outras, mas infelizmente é a realidade”, pontuou.

Pimentel disse ainda que para regularizar a situação será preciso encontrar outra forma de financiamento para a aposentadoria dos servidores. “Nós vamos precisar mudar a Constituição brasileira. Tem que criar um fundo de financiamento para a aposentadoria dos funcionários públicos, um fundo específico que vai se encarregar disso. E, gradativamente, tem que ter uma regra de transição, tirar da conta do tesouro municipal, estadual e/ou federal esse encargo, porque se não fica impossível. No caso de Minas já está impossível”, destacou.

O candidato afirmou que, durante a sua gestão, tomou medidas para diminuir os gastos e cortou 25% dos cargos comissionados. “Nós reduzimos tudo que foi possível no estado, extinguimos carreiras inteiras, vagas de carreiras inteiras, nós fizemos toda a economia possível, a ponto de hoje o custeio do estado estar estabilizado no mesmo nível de 2012”, salientou.

Fernando Pimentel também se defendeu de acusações contra ele e disse que era alvo de uma “armação”. “Essa operação é uma armação, uma montagem que foi feita contra mim. Ela começou, não por coincidência, no dia seguinte à minha vitória na eleição em 2014 no primeiro turno, no dia seguinte deflagraram essa operação”, disse. Pimentel é réu em uma ação por suspeita de corrupção e também investigado em outros inquéritos.

De acordo com o candidato, há depoimentos que comprovam que a operação que o investigou é uma “armação”. “Hoje nós temos inclusive depoimentos já colhidos, que fazem parte de alguns inquéritos, de alguns desses inquéritos, depoimentos de membros da Polícia Federal contando como foi feita essa armação”, afirmou.

Ao ser questionado se sua credibilidade seria abalada com os processos, o candidato lembrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba. De acordo com Pimentel, Lula está “condenado injustamente” e “preso arbitrariamente” e “lidera todas as pesquisas de opinião”. “Não o deixaram ser candidato, porque ele seria eleito em primeiro turno presidente da República”, destacou.

O candidato foi questionado ainda quanto ao MDB e se o apoio do partido faria falta. “Foi nosso aliado no governo até muito recentemente e agora tomou o caminho de ser uma candidatura própria. Eu acho que é direito deles. Vamos disputar com lisura, com lealdade, não os tenho como inimigos, de maneira nenhuma. Podem ser adversários agora no campo da eleição, mas mais adiante a gente vai estar junto de novo”, disse.

Data das entrevistas

Pimentel foi o quinto dos cinco mais bem posicionados na última pesquisa Datafolha, realizada no dia 6, a ser entrevistado no telejornal. O tempo de entrevista foi 20 minutos.

A ordem e as regras foram definidas em reunião na emissora com a presença dos assessores dos candidatos. Com definição por sorteio, veja a ordem das entrevistas:

  • 10/09, segunda-feira: Adalclever Lopes (MDB)
  • 11/09, terça-feira: Antonio Anastasia (PSDB)
  • 12/09, quarta-feira: João Batista Mares Guia (Rede)
  • 13/09, quinta-feira: Romeu Zema (Novo)
  • 14/09, sexta-feira: Fernando Pimentel (PT)

Os demais candidatos darão entrevistas no sábado (15). Eles terão três minutos no MG1.

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