O empresário responsável por pilotar as aeronaves que fizeram um voo rasante neste sábado (8) sobre uma embarcação no rio Tietê poderá, se for comprovada as irregularidades, receber uma multa e ter o registro suspenso, de acordo com a Anac, a Agência Nacional de Aviação.
O homem disse à TV TEM que é o dono delas e que “era uma brincadeira entre amigos e que não colocou em risco a vida de ninguém, assim como não passou com a aeronave em cima de lancha nenhuma.”
O delegado Frederico Rezende explica que os passageiros da embarcação e o piloto das aeronaves deverão prestar depoimento. “Não é uma conclusão. As investigações vão começar agora, mas pelas imagens constatamos que as aeronaves fizeram um voo rasante muito próximo da superfície e da embarcação e colocou sim, em risco, as pessoas. Os envolvidos podem ser indiciados por expor em perigo embarcação ou aeronave”, diz o delegado.
As imagens foram feitas no rio Tietê. A Anac, Agência Nacional de Aviação Civil, também vai abrir um processo de investigação. Se comprovadas as irregularidades, o piloto pode receber uma multa e ainda ter o registro suspenso.
Segundo a Anac, tanto o helicóptero como o avião estão com pendências no certificado de aeronavegabilidade e não poderiam levantar voo. O piloto profissional Almir de Almeida diz que as duas aeronaves estavam a baixo da altura limite, mesmo numa área não povoada. “É um voo arriscado, a baixa altura, é uma irresponsabilidade muito grande, o helicóptero e o avião passam muito perto da embarcação e isso está acontecendo muito no Brasil, a segurança de voo tem de ser em primeiro lugar”, afirma.
A investigação da Anac é sigilosa, e sobre o vencimento da documentação do avião, a agência disse que existe um tolerância de 30 dias além do prazo, mas esse não é o caso do helicóptero. Apesar da afirmação da Anac sobre a documentação irregular das duas aeronaves, o empresário dono delas, Marcelo Árias Freitas, disse que os papéis estão sim em dia.