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PF prende servidor do Ministério do Turismo e faz busca na pasta em ação contra lavagem

O Polícia Federal prendeu o chefe da assessoria parlamentar do Ministério do Turismo, Norton Masera, e fez buscas na sede da pasta em Brasília nesta

PF prende servidor do Ministério do Turismo e faz busca na pasta em ação contra lavagem
PF prende servidor do Ministério do Turismo e faz busca na pasta em ação contra lavagem

Redação Publicado em 26/10/2017, às 00h00 - Atualizado às 11h15


O Polícia Federal prendeu o chefe da assessoria parlamentar do Ministério do Turismo, Norton Masera, e fez buscas na sede da pasta em Brasília nesta quinta-feira (26). Os mandados no ministério fazem parte da Operação Lavat, destinada a desarticular uma organização criminosa investigada em uma operação anterior, a Manus. Ela prendeu em junho deste ano o ex-ministro do Turismo e ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB).

Segundo testemunhas, policiais federais chegaram em frente ao prédio por volta das 7h, mas só subiram 15 minutos depois. Eles entraram pela portaria privativa, que dá acesso aos gabinetes do ministro e de secretários. Houve buscas na sala de Masera. Até a última atualização desta reportagem, os policiais continuavam no ministério.

O Ministério do Turismo informou que colabora com as investigações e que vai exonerar Masera. “Vale destacar que a busca e apreensão se restringiu à sala em que Norton [Masera] trabalhava e a Pasta Ministerial não é alvo da investigação.”

O ministro do Turismo Marx Beltrão se licenciou para votar a denúncia contra Temer. Quem está respondendo é o interino, que também é o secretário-executivo, Alberto Alves. Ele já foi informado da operação e designou uma servidora da área administrativa para acompanhar as buscas.

De acordo com a corporação, durante a análise do material apreendido na Operação Manus foram identificadas “fortes evidências quanto à atuação de outras pessoas pertencentes a organização criminosa”, que continuou lavando dinheiro e ocultando valores para o chefe do grupo.

Foi identificado também esquema criminoso que fraudava licitações em diversos municípios do RN visando a obter contratos públicos, que somados alcançam cerca de R$ 5,5 milhões, para alimentar a campanha ao governo estudual em 2014.

O nome da operação ainda é referência ao provérbio latino “Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat”, cujo significado é: uma mão esfrega a outra; uma mão lava a outra.

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