A Polícia Federal identificou novos desvios de dinheiro público praticados pela ex-tesoureira da Prefeitura de Jales (SP), Érica Cristina Carpi, presa desde
Redação Publicado em 26/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 23h51
A Polícia Federal identificou novos desvios de dinheiro público praticados pela ex-tesoureira da Prefeitura de Jales (SP), Érica Cristina Carpi, presa desde 31 de julho suspeita de transferir mais de R$ 5 milhões do cofre municipal. Além dele, outras quatro pessoas foram detidas na operação Farra do Tesouro.
De acordo com o delegado da Polícia Federal, Cristiano Pádua da Silva, Érica, que nos últimos tempos atuava como diretora financeira, também desviava dinheiro de contas do PIS/Pasep, iluminação pública e merenda escolar, além da educação e, principalmente, da saúde, como já havia sido divulgado.
Érica e a irmã Simone Paula Carpi Brandt conseguiram autorização da Justiça para cumprir prisão domiciliar. O marido de Érica, Roberto Santos Oliveira, e o cunhado dela, Marlon Brandt, também foram presos preventivamente. A secretária da Saúde, Maria Aparecida Martins também foi presa, mas teve a prisão revogada.
Érica foi denunciada pelo Ministério Público por formação de organização criminosa, falsidade ideológica, peculato – quando funcionário público pratica crime contra a administração – e lavagem de dinheiro.
A denúncia também aponta a maneira que Érica desviava o dinheiro. Ela criava lançamentos falsos, já que após anotar a lápis a quantia desviada, ela destruía o documento para dificultar uma possível fiscalização.
Também é citada na ação a ex-secretária de Saúde e ex-chefe de gabinete Patrícia Albarelo Ribeiro Oliveira. Ela vai responder por peculato culposo, já que autorizou a abertura da conta que Érica usou para desviar recursos da prefeitura, quando ocupava o cargo de secretária. Patrícia não quis comentar o caso.
Os advogados de defesa dos acusados disseram que não vão comentar sobre o assunto.
A Polícia Federal abriu um novo inquérito para investigar outros possíveis crimes e a participação de mais pessoas no esquema.
De acordo com a Polícia Federal , Cristiano Pádua da Silva, a família usou dinheiro público da educação, e principalmente da saúde, para bancar uma vida de luxo, como a construção de um rancho na zona rural de Jales.
Imagens de dentro do imóvel mostram que a “Estância Felicidade” conta com área gourmet, móveis e eletrodomésticos de luxo, piscina e palmeiras no jardim.
No primeiro depoimento à PF, Érica confirmou que fazia os desvios desde 2008. O dinheiro, segundo a polícia, ia direto para contas da ex-servidora e até para as empresas do marido, que abriu três lojas de roupas e calçados.
Além da prisão da família, a polícia lacrou os comércios, a chácara e apreendeu carros de luxo, sendo que um dos veículos havia sido comprado dias antes. Policiais à paisana flagraram Roberto na concessionária fechando o negócio.
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