Um grupo especializado no envio de cocaína para a Europa é o alvo da Operação Narcobroker, da Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira (4). Cerca de 150
Redação Publicado em 04/11/2020, às 00h00 - Atualizado às 12h02
Um grupo especializado no envio de cocaína para a Europa é o alvo da Operação Narcobroker, da Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira (4). Cerca de 150 policiais federais cumprem 39 mandados judiciais: nove de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 28 de busca e apreensão, em várias cidades do Paraná, São Paulo e de Santa Catarina. Auditores da Receita Federal do Brasil também participam das buscas.
Na ação, foram sequestrados mais de R$ 40 milhões em bens como imóveis e veículos de luxo. Uma das casas que teve o sequestro determinado pela Justiça Federal, em Curitiba, foi comprada pelo chefe da organização criminosa por, aproximadamente, R$ 6 milhões.
A Justiça Federal, em Curitiba, determinou o bloqueio de contas de 68 pessoas físicas e jurídicas, que, segundo as investigações, tiveram movimentação suspeita de aproximadamente R$ 1 bilhão, entre 2018 e 2020. O montante total dos valores bloqueados ainda não foi contabilizado. Na lista de bloqueios há ainda três empresas que eram utilizadas pela organização criminosa para a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.
Segundo a PF, as investigações foram iniciadas em 2019 e apontam que os integrantes da organização criminosa utilizavam empresas fantasmas e de fachada para comprar mercadorias de origem orgânica para dificultar a atuação dos órgãos de fiscalização e segurança. As mercadorias eram acondicionadas em contêineres também ussado para esconder centenas de quilos de cocaína enviados à Europa.
Durante a investigação, foram apreendidos 240kg de cocaína no Porto de Paranaguá. No local, os policiais encontraram cocaína escondida em uma carga de madeira que seria levada para a Bélgica.
A Justiça Federal expediu ainda um mandado de prisão preventiva de um brasileiro que se passava por empresário na Espanha, mas era suspeito entre as organizações criminosas brasileiras e europeias. Ele recebia a droga que vinha escondida em meio à carga lícita que era enviada.
O nome da operação foi inspirado na junção de dois termos comumente utilizados em investigações de tráfico internacional de drogas: o termo em inglês broker (negociador) e narco, que em tradução livre para o espanhol significa traficante.
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Agência Brasil
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