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PF conclui não haver provas de delação de Palocci que envolve Lula e BTG

A Polícia Federal (PF) de São Paulo concluiu não haver provas em trecho da delação premiada do ex-ministro Antônio Palocci em que ele citou o ex-presidente da

PF conclui não haver provas de delação de Palocci que envolve Lula e BTG
PF conclui não haver provas de delação de Palocci que envolve Lula e BTG

Redação Publicado em 17/08/2020, às 00h00 - Atualizado às 14h36


PF afirmou que os fatos delatados por Palocci foram desmentidos por todas as testemunhas, declarantes e por outros colaboradores da Justiça.

A Polícia Federal (PF) de São Paulo concluiu não haver provas em trecho da delação premiada do ex-ministro Antônio Palocci em que ele citou o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Banco BTG Pactual S/A.

No documento, o delegado federal Marcelo Feres Daher afirmou que os fatos delatados por Palocci foram desmentidos por todas as testemunhas, declarantes e por outros colaboradores da Justiça.

O relatório final da PF foi divulgado pela revista eletrônica Consultor Jurídico no domingo (16), e a RPC também teve acesso ao documento, assinado em 11 de agosto.

Segundo o delegado, os colaboradores que desmentiram o ex-ministro “aparentemente não teriam prejuízo algum em confirmarem a narrativa de Palocci caso entendessem ser verdadeira”.

“Ademais, observa-se que as afirmações feitas por Palocci parecem todas terem sido encontradas em pesquisas na internet, porquanto baseadas em dados públicos, sem acréscimo de elementos de corroboração, a não ser notícias de jornais”, diz um trecho do relatório.

A delação de Palocci foi fechada em 2018 e tem 34 anexos.

No anexo desacreditado pela PF, Palocci relatou que o banqueiro André Esteves movimentou no BTG, em nome de terceiros, valores recebidos por Lula em crimes de corrupção e caixa 2.

Em troca, teria recebido informações privilegiadas do governo sobre a mudança da taxa Selic, que permitiu que ele tivesse lucro e que usasse parte desses recursos para fazer doações para a campanha do PT em 2014. Esse anexo levou à abertura de um inquérito em São Paulo.

O delegado ainda explicou que notícias jornalísticas foram suficientes para iniciar o inquérito policial, mas “parecem que não foram corroboradas pelas provas produzidas”. Portanto, não será dada continuidade ao procedimento penal, conforme concluiu o delegado da PF.

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