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PF afirma que Pezão comandou esquema de corrupção após saída de Cabral do governo

Luiz Fernando Pezão não só fez parte do esquema de corrupção de Sérgio Cabral como também desenvolveu um mecanismo próprio de desvios quando seu antecessor

PF afirma que Pezão comandou esquema de corrupção após saída de Cabral do governo
PF afirma que Pezão comandou esquema de corrupção após saída de Cabral do governo

Redação Publicado em 29/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 08h46


O político recebeu voz de prisão às 6h desta quinta-feira (29) no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador.

Luiz Fernando Pezão não só fez parte do esquema de corrupção de Sérgio Cabral como também desenvolveu um mecanismo próprio de desvios quando seu antecessor deixou o poder. É o que afirma a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, nesta quinta-feira (29) – quando pela primeira vez um governador do RJ foi preso no exercício do poder.

“Essa organização criminosa continua atuando especialmente em relação à lavagem de dinheiro”, explicou Dodge, em Brasília. O governador do Rio de Janeiro recebeu voz de prisão nesta quinta-feira (29) no Palácio Laranjeiras, residência oficial do chefe do Executivo Fluminense.

No Rio, representantes da força-tarefa da Lava-Jato também deram detalhes da Operação Boca de Lobo e destacaram a continuidade dos malfeitos. “Após a saída de Sérgio Cabral do governo, Pezão passou a comandar seu próprio esquema de corrupção”, afirmou o delegado Alexandre Camões Bessa, delegado da PF.

De acordo com o delegado da PF Alexandre Camões Bezerra, Pezão era parte do esquema de corrupção de Sérgio Cabral. Uma vez estando no poder, o governador passou a ter seus próprios operadores e seguiu os atos de corrupção no comando do poder executivo do RJ.

“O dinheiro era recolhido entre empresas e prestadores e entregues a operadores”, destacou Bessa.

As empresas envolvidas destinavam 8% dos valores dos contratos para o esquema de corrupção comandado por Pezão, diz a PF. Um dos casos apontados pelo delegado foi o da Fetranspor. Segundo Bessa, o esquema de corrupção aconteceu no governo Cabral e seguiu com operadores próprios na gestão de Pezão.

O político recebeu voz de prisão às 6h no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador.

Batizada de Boca de Lobo, a operação é baseada na delação premiada de Carlos Miranda, operador financeiro de Sérgio Cabral. O ex-governador, de quem Pezão foi vice, também está preso.

Segundo o Ministério Público Federal, Pezão opera esquema de corrupção próprio, com seus próprios operadores financeiros. Há provas documentais do pagamento em espécie a Pezão de quase R$ 40 milhões, em valores de hoje, entre 2007 e 2015.

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