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Pesquisadores descobrem gênero de dinossauro que viveu há 85 milhões de anos no interior de SP

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto (SP) descobriram, em parceria com o Museu de Paleontologia de Monte Alto (SP), um gênero de

Pesquisadores descobrem gênero de dinossauro que viveu há 85 milhões de anos no interior de SP
Pesquisadores descobrem gênero de dinossauro que viveu há 85 milhões de anos no interior de SP

Redação Publicado em 04/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h11


Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto (SP) descobriram, em parceria com o Museu de Paleontologia de Monte Alto (SP), um gênero de dinossauros inédito na paleontologia, o Arrudatitan, que faz parte do grupo dos titanossauros e vivia no interior de São Paulo.

O gênero tem apenas uma espécie, o Arrudatitan maximus,um dino herbívoro de 22 metros, com pescoço e cauda longas, que viveu 85 milhões de anos atrás, no Cretáceo, período em que ocorreu a separação da Pangeia, uma massa continental que unia todos os continentes do planeta Terra.

“A região de Monte Alto é muito produtiva, então pode ser que sejam achados novos fósseis, de espécies que sejam parentes do Arrudatitan maximus e sejam incluídas neste novo gênero, que é exclusivo de São Paulo”, diz o mestre em biologia Julian Junior, o principal autor da pesquisa.

A partir de descrições feitas pelos paleontólogos, artistas reconstituíram digitalmente o Arrudatitan maximus. Por uma das artes, é possível compreender a grandeza do animal, que tinha um comprimento equivalente ao espaço ocupado por cinco carros estacionados em fileira.

'Arrudatitan maximus', espécie do grupo titanossauro que viveu no interior de São Paulo, tinha 22 metros de comprimento — Foto: Deverson Pepi/Arte/Divulgação

‘Arrudatitan maximus’, espécie do grupo titanossauro que viveu no interior de São Paulo, tinha 22 metros de comprimento — Foto: Deverson Pepi/Arte/Divulgação

“Esta descoberta dá uma cara mais regional e inédita para a paleontologia brasileira, além de refinar nosso conhecimento sobre os titanossauros, que são estes dinossauros pescoçudos”, avalia o paleontólogo Fabiano Iori, do museu de Monte Alto, que participou do estudo.

Os resultados da pesquisa foram publicados na quinta-feira (29) em um artigo na Historical Biology, uma importante revista científica de paleobiologia. Além de Junior, que é doutorando da USP, o trabalho contou com auxílio de pesquisadores do Rio Grande do Norte e da Argentina.

Fóssil do 'Arrudatitan maximus', que viveu no período Cretáceo, foi encontrado em Cândido Rodrigues (SP) em 1997 — Foto: Érico Andrade/G1

Fóssil do ‘Arrudatitan maximus’, que viveu no período Cretáceo, foi encontrado em Cândido Rodrigues (SP) em 1997 — Foto: Érico Andrade/G1

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G1

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