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“Pensei que ia morrer”, diz lutador de MMA que apagou em combate no interior de SP

O lutador Melquizael "Melk Kaut" da Conceição, de 21 anos, acabou sendo protagonista de um lance que levantou uma forte polêmica no MMA neste fim de semana,

“Pensei que ia morrer”, diz lutador de MMA que apagou em combate no interior de SP
“Pensei que ia morrer”, diz lutador de MMA que apagou em combate no interior de SP

Redação Publicado em 23/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h36


O lutador Melquizael “Melk Kaut” da Conceição, de 21 anos, acabou sendo protagonista de um lance que levantou uma forte polêmica no MMA neste fim de semana, em combate realizado em Bauru (a 350km de São Paulo). O lutador levou golpe de estrangulamento de Rafael “Coxinha” Barbosa, de 20 anos, na batalha pelo cinturão peso-leve do Demolidor Fight, e ficou mais de 2 minutos desacordado.

Nos minutos finais do combate, a luta foi para a grade. Nesse momento, Coxinha deu um triângulo de mão em Melk, e a luta foi para o chão. Com o golpe, Melk acabou desmaiando e ficou por cerca de 2 minutos desacordado, enquanto a luta seguiu. O vídeo viralizou nas redes sociais.

– Pensei que ia morrer. Lembro do momento em que ele encaixou a chave, girei, continuei girando para sair da posição e nisso eu desliguei. Estava imóvel, tentei respirar e não conseguia – disse Melk.

O evento foi arbitrado por Emerson Saez, que é faixa-preta de jiu-jítsu e dá aulas em Bauru, arbitrando combates de eventos menores do interior paulista. Emerson pediu desculpas a Melk e reafirmou que não vai mais arbitrar lutas.

– Quando eu observei, a face dele estava normal. Trabalhamos numa comissão de árbitro, e no momento tinha três árbitros para me avisar e ninguém disse nada. Tenho minha parcela de culpa, pedi desculpas ao atleta e não vou arbitrar mais.

Em entrevista ao Combate.com, Coxinha disse ter avisado mais de uma vez a Emerson que Melk havia apagado, mas segundo o lutador, o árbitro mandou o combate seguir.

– […] quando ele desceu, ele deu uma afrouxada no corpo, e eu falei para o juiz imediatamente: “Ele apagou”. E o juiz disse que não tinha apagado. Então eu afrouxei a pegada, porque eu sabia que ele tinha apagado, mas ainda estava preso, porque ainda queria vencer a luta. O árbitro ficou falando com o córner (do Melk); não é para escutar o córner, ele quer que o atleta deles vença! Aí ele começou a mexer a perna, mas acho que foi de convulsão. O juiz mandou soltar depois de quase dois minutos. Eu avisei duas ou três vezes o árbitro – comentou Coxinha por telefone.

Após a luta, Melk foi socorrido e levado a uma Unidade de Pronto Antendimento de Bauru e ficou sob observação por cerca de 8h. Os exames não apontaram nenhuma sequela.

– O erro do juiz quase acaba com meu sonho, com minha história. O que me vem à cabeça é ressurreição – completa Melk.

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