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Paulistanos dizem que já andavam sem máscara na rua, e lojistas relatam ser difícil convencer clientes a usá-la

Nesta quarta-feira (9), após o governador João Doria (PSDB) anunciar a suspensão da obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre em todo o estado, muita

Paulistanos dizem que já andavam sem máscara na rua, e lojistas relatam ser difícil convencer clientes a usá-la
Paulistanos dizem que já andavam sem máscara na rua, e lojistas relatam ser difícil convencer clientes a usá-la

Redação Publicado em 10/03/2022, às 00h00 - Atualizado às 07h18


Nesta quarta-feira (9), após o governador João Doria (PSDB) anunciar a suspensão da obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre em todo o estado, muita gente já circulava pelas ruas da capital sem o equipamento de proteção individual.

Os paulistanos abordados pelo g1 relataram que já circulavam sem máscara em lugares abertos, e nem todos sabiam da nova medida. Já comerciantes demostraram preocupação com a flexibilização, por avaliar que ela pode causar transtornos com os clientes que tentam entrar nos estabelecimentos sem o equipamento.

No estado, o uso da máscara passou a ser opcional em locais como vias públicas, parques, shows e eventos ao ar livre. (leia mais abaixo)

  • Sem máscara: ruas, praças, parques;
  • Com máscara: ambientes fechados, como lojas e no transporte público;
  • Até o momento, o uso da máscara continua obrigatório mesmo em estações de trens em que a plataforma é um espaço aberto;
  • Nas escolas, o uso da máscara continua obrigatório, porém não será necessário o uso em quadras esportivas, mesmo que tenham cobertura.

g1 circulou pela região da Avenida Paulista, na região central, da Avenida Luis Carlos Berrini, na Zona Sul, e no Centro da capital nesta quarta e conversou com moradores e comerciantes sobre o fim da obrigatoriedade.

A vendedora Estefany Dora de Santana Silva, de 23 anos, que trabalha numa loja de bijuterias na Avenida Paulista, afirmou que, mesmo antes do decreto, muitos clientes já entravam no lugar sem máscara, principalmente em dias de domingo, quando a avenida é aberta para o público.

“Domingo é festa aqui, as pessoas acabam entrando sem por falta de atenção, mas não pode, nós sempre avisados e orientamos. A gerência do local é bem atenta com essa questão, então, mesmo que esteja liberado ao ar livre, vamos continuar da mesma forma na loja. Eu não acho que isso é uma boa medida para a gente, acho que as pessoas vão começar a questionar o por quê de não poder tirar na loja.”

Estefany trabalha em uma loja ao lado do Conjunto Nacional na Avenida Paulista.  — Foto: Celso Tavares/ g1

Estefany trabalha em uma loja ao lado do Conjunto Nacional na Avenida Paulista. — Foto: Celso Tavares/ g1

Estefany afirmou que ainda não se sente confortável em circular pelas ruas sem o equipamento de proteção. “Quando está muito calor e eu estou na rua, acabo tirando, mas não me sinto bem, inclusive, quando isso acontece, estou sempre longe das pessoas, para me proteger. Mesmo com a liberação, vou continuar utilizando normalmente.”

“Eu gostei da liberação, mas não vejo muita mudança do que já estava acontecendo. Dependendo do bairro ou do lugar que você vai, as pessoas já não estão usando máscara”, diz Marjorye Cavalcante, que trabalha com eventos. Para ela, a obrigatoriedade em lugares fechados tem de ser mantida.

Wanderson Rocha e Marjorye Cavalcante. — Foto: Marina Pinhoni/ g1

Wanderson Rocha e Marjorye Cavalcante. — Foto: Marina Pinhoni/ g1

Já Wanderson Rocha diz que que pretende continuar usando o item de proteção mesmo após o fim da pandemia. “A máscara é uma segurança e trouxe vários benefícios. Se você for pensar, previne muita coisa: poluição, gripe e alguma doença que ainda possa vir. Está cedo para tirar”, afirma.

Pessoas circulavam com máscaras nesta quarta na Avenida Paulista — Foto: Celso Tavares/ g1

Pessoas circulavam com máscaras nesta quarta na Avenida Paulista — Foto: Celso Tavares/ g1

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G1

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