G1
Redação Publicado em 08/03/2019, às 00h00 - Atualizado às 15h54
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A energia elétrica voltou em parte de Caracas, capital da Venezuela, na tarde desta sexta-feira (8), informaram veículos de imprensa venezuelanos favoráveis e contra o regime de Nicolás Maduro. No resto do país, porém, o blecaute continua e já dura quase um dia.
Segundo o canal TV Venezuela Noticias – de oposição a Maduro –, a energia caiu em um bairro do oeste de Caracas após somente alguns minutos depois de voltar.
O governo da Venezuela fechou escolas e dispensou trabalhadores nesta manhã após Caracas e outras grandes cidades acordarem sem eletricidade. O problema que atingiu a principal usina hidrelétrica do país na quinta-feira já deixa parte do país sem energia elétrica.
O anúncio da suspensão “das aulas e das jornadas de trabalho” foi feito pela vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, em sua conta no Twitter.
De acordo com o jornal venezuelano “El Nacional”, inicialmente apenas alguns estados relataram ter sido atingidos pelo problema. Porém, mais tarde, todo o país relatou interrupção no fornecimento de energia elétrica.
No Brasil, o problema de fornecimento de energia atingiu Roraima, que depende de fontes de distribuição venezuelanas. Depois do blecaute de quinta-feira, dois desligamentos na interligação Venezuela-Brasil foram identificados, e Roraima passou a operar com 100% de termelétricas locais.
Os primeiros relatos do apagão chegaram na tarde de quinta-feira. Segundo o jornal “El Nacional”, o blecaute afetou todos os estados da Venezuela.
Ainda não está claro o porquê da falta de energia – as agências do setor elétrico da Venezuela respondem ao regime de Nicolás Maduro e, portanto, falam em “sabotagem criminosa e brutal contra o sistema de geração elétrica” na usina de Guri, no estado de Bolívar.
Um engenheiro elétrico ouvido pelo “El Nacional”, porém, nega a possibilidade de uma sabotagem ou invasão hacker ter causado o blecaute. “Demitiram profissionais para contratar partidários políticos, suspenderam planos de manutenção, fizeram compras inconvenientes e desnecessárias, além de desperdiçar recursos”, disse o engenheiro Miguel Lara ao jornal venezuelano.
O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, também rechaçou a acusação de sabotagem. “Sabotagem é a corrupção, é não ter permitido eleições, é o bloqueio à entrada de comida e medicamentos”, retrucou, pelo Twitter.
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