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Pai e mãe mata filha de dois anos por fazer cocô na roupa

“No dia 7 de setembro, ela foi ao mercado e, quando retornou, ele disse que tinha batido na menina porque ela tinha feito cocô na roupa e na cama. A criança

Pai e mãe mata filha de dois anos por fazer cocô na roupa
Pai e mãe mata filha de dois anos por fazer cocô na roupa

Redação Publicado em 19/09/2016, às 00h00 - Atualizado às 12h35


Pai disse que agrediu a filha depois que ela fez cocô na roupa e na cama.
Corpo da menina estava em uma caixa de papelão usado para mudança.

Corpo da menina estava em saco plástico, dentro de uma caixa de papelão usado para mudança (Foto: João Paulo Rezende/Clique F5)

Corpo da menina estava em saco plástico, dentro de uma caixa de papelão usado para mudança (Foto: João Paulo Rezende/Clique F5)

Uma criança de dois anos foi achada morta neste domingo (18) dentro de uma caixa de papelão, em uma mata que pertence a um loteamento em Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá. Segundo a Polícia Civil, o pai e a madrasta foram presos no município de Água Boa, a 736 km da capital, suspeitos de envolvimento na morte da menina. A criança foi morta no dia 7 de setembro, porém, o crime só foi descoberto no fim de semana.

Lenilson Barbosa de Souza, de 25 anos, e Katia Cristina de Almeida Lopes, de 27, confessaram informalmente o crime, de acordo com a polícia. A madrasta disse à polícia que Lenilson se irritou depois que a menina fez cocô nas roupas e na cama e a agrediu a filha.
Segundo a delegada Luciana Casaverde, o casal morava em Água Boa e foi trabalhar em uma fazenda na região de Paranatinga, a 411 km de Cuiabá. A madrasta, o pai e a criança ficaram nessa propriedade por aproximadamente um mês, até que se mudaram para Primavera do Leste.

“No dia 7 de setembro, ela [madrasta] foi ao mercado e, quando retornou, ele [o pai] disse que tinha batido na menina porque ela tinha feito cocô na roupa e na cama. A criança estava grogue e decidiram dar remédio para dores a ela. Deixaram a menina no quarto e durante a noite viram que ela foi a óbito”, declarou a delegada. A madrasta não disse qual remédio deu para a criança.

O pai e a madrasta não chamaram a polícia e nem procuraram ajuda depois que perceberam que a menina havia morrido.

“Desocuparam uma das caixas que usaram para a mudança, colocaram o corpo dentro de um saco plástico e o enrolaram no lençol que a criança dormia. Amarraram a caixa com uma corda e deixaram na casa. Foram trabalhar novamente em uma fazenda e regressaram depois de dois dias. Perceberam que [a casa] estava exalando um forte odor e decidiram se livrar da caixa [com o corpo]”, relatou Luciana.

De acordo com a delegada, somente no dia 12 de setembro o casal retirou a caixa com o corpo da menina de dentro da residência. Eles deixaram a caixa em uma área verde nos fundos do loteamento onde moravam. O casal ainda limpou a casa, que era alugada, e viajou para Goiânia.

“A mãe [da criança] tentava falar a todo momento [com a filha] e não conseguia. Em Goiânia, ele [o pai] ligou para a mãe e disse que a criança tinha desaparecido durante um assalto que sofreram. A mãe veio para a delegacia no sábado [dia 17] dizendo que a criança tinha desaparecido”, disse a delegada.

Os policiais fizeram contato com autoridades em Goiânia, no entanto, não havia nenhum registro do suposto assalto sofrido pelo casal, nem desaparecimento da menina.

O casal retornou a Água Boa, onde a família se mobilizou para tentar achar a menina em Goiânia. Os dois suspeitos chegaram a se oferecer para ajudar nas buscas. “Eles confessaram informalmente, mas na delegacia ele [o pai] ficou em silêncio”, finalizou a delegada.

Os dois suspeitos foram autuados por ocultação de cadáver. A perícia deve identificar a causa da morte.

O pai da criança indicou para a polícia o local exato em que a caixa havia sido deixada pelo casal. O corpo da criança deve passar por necrópsia nesta segunda-feira (19) no Instituto Médico Legal (IML) de Primavera do Leste.

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