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Padrões ESG e a adição de valor

Por Leonardo Augusto de Campos*

Padrões ESG e a adição de valor
Padrões ESG e a adição de valor

Redação Publicado em 24/02/2022, às 00h00 - Atualizado às 07h08


Por Leonardo Augusto de Campos*

Padrões ESG e a adição de valor

Na perspectiva da empresa, adicionar valor é tornar mais eficiente a relação entre custos e preços; para o cliente, é receber produto ou serviço com desempenho superior; para a sociedade significa desenvolver cidades, pessoas e regiões, de forma ética, transparente, social e ambientalmente responsável. É isso que um comportamento ESG promete.

Em português, ESG significa padrões ambientais, sociais e de governança (ASG) e representa um conjunto de práticas que as empresas estão incorporando a partir de diferentes motivações.

Como já colocamos nesta coluna, a demanda da sociedade por produtos mais sustentáveis – lembrando que não se trata somente do aspecto ambiental – é uma provocação e um desafio para o desenvolvimento de produto. Não estamos falando só de design, mas de uma cadeia que envolve novas matérias-primas, novos processos e novas destinações finais, considerando o ciclo de vida do produto.

O cumprimento de legislações e regulações também é um motivador na adoção de padrões ESG. Examinando boas práticas, como a Suzano que implementou projetos com foco em mudanças climáticas e de inserção social e econômica de comunidades onde atua, percebe-se que as ações também contribuem para o atendimento de obrigações das empresas.

Na medida em que se atende à demanda do mercado e cumpre-se as obrigações legais, as empresas também ficam menos suscetíveis a riscos e, sendo esta uma dimensão que está diretamente relacionada à percepção do investidor, tem-se a oportunidade de alavancar o negócio. A B3 (sigla para a Bolsa de Valores do Brasil) possui algumas opções de investimento construídas a partir da ESG.

Poderíamos seguir citando outras oportunidades de criação de valor, mas talvez a pergunta que paire na cabeça do leitor é acerca do tipo e tamanho de empresa elegível para este posicionamento. A resposta é: todos! Boas práticas ambientais, sociais e de governança podem ser adotadas por qualquer organização, setor, lugar… Basta o desejo de construir um negócio sustentável – inclusive a longo a prazo.

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*Leonardo Augusto de Campos
Mestre em Gestão e Tecnologia em Sistemas Produtivos pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETPS). Especialista em Administração Industrial pela Universidade de São Paulo (USP). Engenheiro Mecânico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua há mais de vinte anos como gestor industrial e de qualidade e processos em empresas nacionais e multinacionais de diversos setores. Atuou como professor em cursos de graduação em universidade privada e como professor colaborador do curso de Pós-Graduação da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). Pesquisa nas áreas de Estratégias Empresariais, Inovações Sustentáveis e de Energias Renováveis.
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www.linkedin.com/in/leonardo-campos
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