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Padrasto confessa ter matado bebê e alega que agiu por ‘bobeira’, diz juiz

"Ele disse que não com constância nela, como consta nos autos, mas afirmou que deu um soco na barriga dela no dia quem que a enteada morreu. Ele afirmou que

Padrasto confessa ter matado bebê e alega que agiu por ‘bobeira’, diz juiz
Padrasto confessa ter matado bebê e alega que agiu por ‘bobeira’, diz juiz

Redação Publicado em 22/09/2016, às 00h00 - Atualizado às 18h16


Ele e a mãe, denunciada por omissão, participaram de audiência em Goiânia.
Criança de 1 ano morreu vítima de uma lesão no fígado após ser agredida.

A mãe e o padrasto denunciados pela morte de um bebê de 1 ano e 7 meses participaram da audiência de instrução do caso, nesta quinta-feira (22), em Goiânia.  Segundo a investigação, a auxiliar de cozinha Rosângela Pereira de Jesus, de 24 anos foi omissa diante da atitude do companheiro, o servente de pedreiro Alex Lima Soares, de 33 anos, que agrediu a criança. Em depoimento, o homem confessou parcialmente o crime, mas não soube explicar a motivação.

“Ele disse que não com constância nela, como consta nos autos, mas afirmou que deu um soco na barriga dela no dia quem que a enteada morreu. Ele afirmou que não sabe por que a agrediu, que bateu por ‘bobeira’. No entanto, não demonstrou emoção ou arrependimento”, disse ao G1 o juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, que presidiu a audiência

A criança morreu no dia 24 de janeiro desde ano vítima de uma lesão no fígado em virtude da agressão. O casal está preso.

Rosângela também foi indiciada por homicídio, mas o Ministério Público a denunciou somente por omissão. Durante seu depoimento, ela negou que foi conivente. “Ela chorou muito e disse que se soubesse do que ocorreu, jamais teria ficado na companhia de Alex”, destaca Alcântara.

Além dos deles, três vizinhas também foram ouvidas na condição de testemunhas. Uma delas afirmou que sempre desconfiou das atitudes de Alex, embora nunca tenha o visto agredindo a enteada.

O magistrado agora aguarda as alegações finais para saber se ambos passaram ou não por um júri popular. Ele responderá por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e de forma que impossibilitasse a defesa da vítima. Se condenado, pode pegar até 30 anos de cadeia. Já a mãe responderá por omissão de tortura, que tem pena entre 2 e 4 anos.

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