A farmacêutica Isabela Risk descobriu que tinha diabetes há 11 anos e, há quatro anos, utiliza um aparelho fixado na pele que envia doses de insulina para o organismo automaticamente durante o dia.
Mas, para o tratamento funcionar, a farmacêutica depende de um kit que custa, em média, R$ 2 mil por mês. Ela precisou entrar na Justiça para conseguir de graça pelo governo do Estado, mas alega que o kit sempre chega incompleto, faltando algum item.
“Nos últimos quatro meses não recebemos mais nada, só reservatório e a fita”, afirma a farmacêutica.
O mesmo problema é compartilhado pelo atleta Guilherme Pereira. Há 3 meses o kit dele está vindo sem a insulina. Todas as vezes que falta algum item, ele precisa ligar no Departamento Regional de Saúde para ver se chegou e a situação é sempre a mesma.
“Há três meses que não vem o medicamento, tem de ficar ligando perguntando se chegou ou não”, afirma Guilherme.
A médica Regina Querino da Silva afirma que a falta de algum tem no kit pode prejudicar a saúde do paciente. “Se o paciente não tiver um desses medicamentos não consegue fazer o tratamento, precisa da insulina para a sobrevivência”, diz a médica.
O Departamento Regional de Saúde de Araçatuba, informou que a Isabela tem recebido insulina regularmente. Porém, a paciente alega que há 4 meses que não recebe nada.
Em relação aos itens do kit que estão faltando, o Estado disse que está em fase de aquisição e tem cobrado os fornecedores. Afirmou ainda que assim que o material chegar, vai entrar em contato com os pacientes.