Uma mulher moradora de Pimenta Bueno (RO), a 520 quilômetros de Porto Velho, procurou a Delegacia de Polícia Civil para registrar uma ocorrência policial contra o hospital público da cidade. Segundo ela, após tomar uma injeção na unidade, a técnica de enfermagem que lhe aplicou o medicamento esqueceu a agulha da seringa em sua nádega. A mulher só percebeu o objeto em seu corpo quando retornava para casa de bicicleta, e por não suportar mais a dor pediu ajuda a uma amiga, que retirou o objeto.
Vanusa Aparecida de Almeida, de 46 anos, contou que na última segunda-feira (14), em razão de uma forte de cabeça, ela buscou socorro no hospital municipal e foi atendida por um médico de plantão que lhe receitou duas injeções que foram aplicadas por uma técnica de enfermagem. Após tomar o medicamento, Vanusa pegou sua bicicleta e saiu da unidade, mas durante o retorno para casa passou a sentir muitas dores no local na nádega direita.
“No começo achei que era a dor normal da injeção, mas com o passar do tempo comecei a desconfiar que tinha alguma coisa errada, pois toda vez que eu firmava do lado direito, sentia uma dor intensa”, relata.
Depois de pedalar alguns metros de volta para casa, à mulher decidiu interromper a viagem e pedir ajuda na casa de uma amiga, por não suportar mais a dor. “Quando minha amiga olhou, ela me disse assustada: ‘Vania tem uma agulha grudada na sua nádega’. Aí falei para ela tirar umas fotos e só depois retirou o objeto do meu corpo”, relata.
Revoltada com a situação, a mulher procurou a direção do hospital municipal e comunicou o caso. “Eles ficaram surpresos, tendo em vista que é muito raro acontecer algo do tipo. Também me pediram desculpas e disseram que vão punir a servidora com uma advertência. E se colocaram a disposição, caso algo de errado acontecer com minha saúde”, diz.
Apesar do ocorrido, Vanusa acha que o problema foi apenas desatenção. “Fui muito bem tratada, inclusive pela servidora que aplicou a injeção, por isso, penso que isso foi um momento de desatenção. Mas, que esta situação não se repita mais”, conta.