Avisado pelo ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a decisão de determinar a abertura da CPI da Covid no Senado, o
Redação Publicado em 09/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h23
Avisado pelo ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a decisão de determinar a abertura da CPI da Covid no Senado, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), optou por não se antecipar e deixou com o Supremo o desgaste da decisão.
“Mantive minha posição mesmo com a iminência de uma decisão judicial. Não mudaria de entendimento por conta disso”, afirmou Pacheco ao blog.
“Continuo achando CPI inoportuna neste momento em que estamos buscando resultados eficientes no combate à doença. Além dos riscos à saúde dos participantes em razão do funcionamento presencial da comissão”, completou o presidente do Congresso e do Senado.
Na quinta-feira (8), dia da decisão de Barroso, Pacheco já havia dito que iria cumprir a decisão judicial e que lerá a instalação da CPI na primeira sessão do Senado após receber a notificação do STF.
Desde o início de fevereiro, a CPI já conta com mais assinaturas do que as 27 necessárias para ser instalada. A decisão de não iniciar os trabalhos era de Pacheco, apoiada por lideranças governistas no Congresso.
O STF tem tomado uma série de decisões que desagradam ao governo. Na quinta mesmo, decidiu que estados e municípios têm autonomia para determinar a proibição de celebrações religiosas presenciais, o que contraria posição do governo e de aliados de Jair Bolsonaro.
A abertura da CPI será o foco de preocupações do Planalto, porque colocará luz na forma como o governo geriu a pandemia, que já deixa quase 350 mil mortos no país.
Ao defender que a CPI não seja aberta agora, Pacheco citou dificuldades de fazer reuniões presenciais para avaliar documentos sigilosos, que seriam necessárias durante os trabalhos da comissão. Disse ainda que a comissão seria utilizada politicamente, tanto para atacar o governo central quanto para atingir governadores, e poderia atrapalhar a superação da crise sanitária no país.
Por G1
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