O vice-presidente Hamilton Mourão , presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, afirmou nesta segunda-feira que a presença de militares na Amazônia em
Redação Publicado em 05/10/2020, às 00h00 - Atualizado às 13h01
O vice-presidente Hamilton Mourão , presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, afirmou nesta segunda-feira que a presença de militares na Amazônia em ações de combate ao desmatamento será prolongada até o fim de 2022. A declaração foi dada em entrevista à Rádio Eldorado.
“As operações de comando e controle irão prosseguir, sem intervalo, até o final de 2022. Essa é a nossa forma de agir, em termos de repreensão”, disse.
A intenção de manter os militares na Amazônia está prevista no plano de metas enviado pelo Conselho ao Ministério da Economia, em agosto. No item que trata da missão da Operação Verde Brasil 2, decretada pelo presidente Jair Bolsonaro neste ano e que autorizou o emprego das Forças Armadas no combate ao desmatamento e a queimadas, o conselho prevê a permanência dos militares nesse tipo de ação até dezembro de 2022.
Na entrevista nesta segunda, Mourão afirmou que além da atuação de militares, o governo também pretende combater o desmatamento com a regulaização fundiária e com a conscientização de produtores rurais, no sentido de não utilizarem o fogo em seus processos produtivo.
“A ministra Tereza Cristina, da Agricultura, tá praticamente concluindo o planejamento para que nós consigamos finalmente destravar a regularização fundiária, dentro da legislação que está em vigor”, disse.
Questionado sobre a pressão que países europeus criticos da gestão ambiental brasileira, Mourão afirmou que acredita que a pressão externa são mais motivadas por “questões ideológicas”, do que por “o que está ocorrendo efetivamente”.
“Nós vivemos hoje um choque ideológico no mundo. Na minha visão, existe muito mais um ataque ao país na pessoa do presidente Jair Bolsonaro, pelas questões ideológicas, do que pelo que está ocorrendo efetivamente” afirmou.
O vice-presidente, então, citou um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que revelou que o Brasil perdeu, entre 2000 e 2018, meio milhão de km² de cobertura natural de seus biomas terrestres.
“Sem Bolsonaro, 270 mil km² da Amazônia foram desmatados, ou seja, uma média de 15 mil km² por ano. E todo mundo ficou em silêncio, não tinha ninguém reclamando nesse período. Por que só estão reclamando agora? Agora está pior? Não”, afirmou.
Mourão, no entanto, não mencionou que o desmatamento na Floresta Amazônica cresceu 33% entre agosto de 2019 e julho de 2020 em comparação com o mesmo período entre 2018 e 2019, segundo dados do sistema de monitoramento por satélite Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse foi o maior indice desde o início da série do Deter, que começou em 2015.
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iG
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