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Operação prende 33 pessoas por envolvimento com milícia no RJ

A Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) prenderam, hoje (30), 33 pessoas em operação contra a atuação de milicianos na zona

Operação prende 33 pessoas por envolvimento com milícia no RJ
Operação prende 33 pessoas por envolvimento com milícia no RJ

Redação Publicado em 31/01/2020, às 00h00 - Atualizado às 10h08


A ação investigou grupos que atuam em Rio das Pedras e Muzema

A Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) prenderam, hoje (30), 33 pessoas em operação contra a atuação de milicianos na zona oeste do Rio. Chamada de Intocáveis II, a ação investiga grupos que atuam principalmente nas comunidades de Rio das Pedras e da Muzema.

Entre os presos, estão três policiais civis e cinco policiais militares. Um dos agentes civis detido é Jorge Luiz Camillo Alves, da 16ª DP (Barra da Tijuca). Nas investigações, o MP-RJ encontrou conversas telefônicas entre o suspeito e Ronnie Lessa, que foi preso acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.

“O conteúdo do diálogo é um tanto quanto sugestivo e indicativo. O Ronnie Lessa se referia a este policial como o amigo da 16ª”, disse a promotora Simone Sibilio.

A Intocáveis II é um desdobramento da Operação Intocáveis, realizada em janeiro do ano passado. Os investigadores usaram informações da Operação Lume, de março do ano passado, quando foram presos Ronnie Lessa e Elcio Queiroz.  A partir de celulares e computadores apreendidos na época, os agentes puderam chegar aos 45 denunciados.

A operação contou com o apoio dos ministérios públicos do Piauí (estado em que foram presas quatro pessoas) e da Bahia (onde houve uma prisão). Também foram apreendidos armas, munições e R$ 13 mil.

Dos cinco policiais militares detidos, quatro estavam na ativa e um na reserva. Também foram presos dois homens que foram expulsos da PM, e um policial militar continua foragido.

As investigações conseguiram separar a quadrilha em diversos núcleos: policial, financeiro e até de pessoas usadas como laranjas.

Ainda segundo as investigações, os policiais militares atuavam no comando da milícia, enquanto os policiais civis recebiam propinas para não darem continuidade nas investigações.

ABr

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