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Operação mira PMs suspeitos de integrarem milícia que iria sequestrar MC no Rio

Uma operação da Polícia Civil, deflagrada nesta terça-feira (8), mira cinco policiais militares que foram indiciados e denunciados por fazerem parte de uma

Operação mira PMs suspeitos de integrarem milícia que iria sequestrar MC no Rio
Operação mira PMs suspeitos de integrarem milícia que iria sequestrar MC no Rio

Redação Publicado em 08/09/2020, às 00h00 - Atualizado às 14h33


Apontado como chefe do bando, policial Igor Ramalho Martins teria ligações com Ecko, um dos bandido mais procurados do Rio

Uma operação da Polícia Civil, deflagrada nesta terça-feira (8), mira cinco policiais militares que foram indiciados e denunciados por fazerem parte de uma mílicia. O chefe do bando, segundo as investigações, é o PM Igor Ramalho Martins, que já está preso. Ele teria ligação com Wellington da Silva Braga, o Ecko – miliciano mais procurado do Rio -, e também com Edgar Alves de Andrade, o Doca, apontado como um dos chefes da maior facção criminosa do estado. Além dos PMs, os agentes visam a cumprir outros dois mandados de prisão preventiva e 43 de busca e apreensão. A ação foi batizada de Total Flex.

Além de Igor, foi preso também o policial militar Rodrigo Dias Renovato Alonso. Houve apreensão de telefones celulares e armas . São procurados os PMs Maurício da Silva Santos, Leandro Santos Macedo e Bruno Cardoso da Silva Oliveira. A operação é da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), com o apoio da Delegacia de Repressão Às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e outras unidades da Polícia Civil.

De acordo com as investigações, Ecko teria oferecido R$ 300 mil a Igor que o PM sequestrasse um funkeiro. O cantor seria executado. Igor teria esperado o funkeiro próximo à Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, mas não conseguiu concretizar o crime.

As investigações mostraram também que Igor tinha a ajuda de outros investigados para receber informações sobre pessoas recebiam altas quantias. A partir daí, ele planejava o roubo das quantias, revelou o inquérito. Um desses roubos seria o de R$ 150 mil de um seguro de vida recebidos por uma mulher.

Polícia começou a investigar bando após vítima ser carbonizada

A apuração da polícia sobre q quadrilha formada pelos PMs começou em novembro de 2019, após um assassinato ocorrido em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense – na ocasião, a vítima foi carbonizada em meio a pneus. Durante a investigação dessa morte, os agentes identificaram a existência da organização criminosa. O bando é apontado como autor de crimes como homicídios, roubos, extorsões, associação para o tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

As principais atividades lucrativas da milícia são, segundo a polícia, exploração de sinal clandestino de TV e internet, suposto serviço de segurança – que na realidade não passam de extorsões, apontam os investigadores – e também roubos.

Além da Polícia Civil, participam da operação equipes da Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), da Polícia Militar .

PM diz apoiar ação

Em nota, a assessoria de imprensa da Polícia Militar disse que a Corregedoria da corporação apoia as ações, que são conduzidas pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

A PM destacou ainda que a corporação, “como tem demonstrado ao longo de sua história, não compactua e pune com o máximo rigor os desvios de conduta, quando constatados, cometidos por seus membros”.

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iG

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