Diário de São Paulo
Siga-nos

Operação da PF combate desvio de recursos públicos em Pernambuco

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (11) uma operação em Pernambuco para apurar o uso de casas lotéricas de propriedade de políticos para lavagem de

Operação da PF combate desvio de recursos públicos em Pernambuco
Operação da PF combate desvio de recursos públicos em Pernambuco

Redação Publicado em 11/11/2020, às 00h00 - Atualizado às 12h29


Esquema envolve políticos e casas lotéricas

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (11) uma operação em Pernambuco para apurar o uso de casas lotéricas de propriedade de políticos para lavagem de dinheiro decorrente de crimes de desvio de verba pública e de corrupção. Os envolvidos podem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraudes a licitações, peculato e corrupção ativa.Operação da PF combate desvio de recursos públicos em PernambucoOperação da PF combate desvio de recursos públicos em Pernambuco

Batizada de Mapa da Mina, a ação é realizada em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU). A PF cumpriu 25 mandados de busca e apreensão, sendo 23 na Região Metropolitana de Recife, um em Caruaru e um na cidade de Floresta. Participam das buscas 100 policiais federais, além de auditores da CGU.

“A investigação, iniciada em abril de 2018 com a deflagração da Operação Decimus, identificou que um grupo empresarial comandado por oficial da PM/PE [Polícia Militar de Pernambuco], com atuação na área de vigilância e de serviços gerais, teve crescimento econômico vertiginoso a partir de 2013, a reboque de contratos com entidades públicas municipais, estaduais e federais, mediante dispensas de licitação suspeitas ou processos licitatórios direcionados”, informou a Polícia Federal.

Contratos milionários

Segundo ela, de 2013 até 2020, duas das empresas do grupo receberam aproximadamente R$ 175 milhões dos cofres públicos (R$ 54 milhões de municípios, cerca de R$ 105 milhões de entidades estaduais e R$ 16 milhões de entidades federais).

A PF disse, também, que os indícios colhidos na primeira fase da operação mostram que os políticos investigados atuam em parceria com o grupo empresarial junto a dirigentes de alguns desses órgãos públicos, com o objetivo de direcionar licitações ou sua dispensa em favor de empresas do grupo.

“Apurou-se que as firmas beneficiadas com os contratos públicos milionários – ou outras empresas a elas coligadas – transferem dinheiro rotineiramente para cinco casas lotéricas de propriedade dos agentes políticos envolvidos, mantidas apenas para viabilizar o processo de lavagem de dinheiro, já que as lotéricas não geram lucros reais para seus sócios. As somas transferidas já totalizam mais de R$ 14 milhões, de 2013 até a corrente data”, finalizou a Polícia Federal.

.

.

.

Agência Brasil

Compartilhe  

últimas notícias