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ONG denuncia Alckmin na ONU por violência policial em protestos

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi alvo de denúncia em reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, por conta da repressão

ONG denuncia Alckmin na ONU por violência policial em protestos
ONG denuncia Alckmin na ONU por violência policial em protestos

Redação Publicado em 19/09/2016, às 00h00 - Atualizado às 22h09


Conectas também criticou prisões ilegais e infiltração de agente do exército.
Pronunciamento foi feito em reunião do Conselho de Direitos Humanos.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi alvo de denúncia em reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, por conta da repressão policial durante protestos. A representação foi feita nesta segunda-feira (19) pela ONG Conectas Direitos Humanos.

“No estado de São Paulo, onde os protestos de rua têm sido os mais numerosos, o Governador Geraldo Alckmin reprimiu com truculência os manifestantes. Vários manifestantes foram feridos”, diz o texto da instituição.

Procuramos o Governo do Estado para comentar a denúncia, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Durante o pronunciamento, organização afirmou que a violência policial fez várias vítimas desde o início de setembro, e citou o caso da estudante Deborah Fabri, de 19 anos, que perdeu a visão do olho esquerdo após ser atingida por estilhaços de bomba durante manifestação no Cento de São Paulo, no dia 31 de agosto.

A entidade ainda ressaltou a prisão de 26 pessoas, sendo oito adolescentes, horas antes do protesto contra o presidente Michel Temer, realizado no dia 4 de setembro. E condenou a presença do capitão do exército, que teria se infiltrado no grupo detido.

“Para esse operativo, um oficial do exército se infiltrou num grupo de manifestantes ocultando sua identidade. Essa prática remete às épocas mais obscuras da história de nossa região.”

A organização criticou “o crescente processo de criminalização do direito de protesto no Brasil” e, ao final, cobrou uma posição do Conselho e do Alto Comissariado para Direitos Humanos contra a postura do país.

“Diante do exposto, pedimos que este Conselho se pronuncie contra a restrição ilegítima do
direito de protesto no Brasil e que o Alto Comissariado incida para evitar esse retrocesso de
valor imensurável.”

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