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ONG cria canal para apoiar vítimas de transfobia no carnaval do Rio

Travestis, transexuais e pessoas que vivem com HIV e aids poderão pedir apoio jurídico, psicológico e de assistência social gratuito caso sejam vítimas de

ONG cria canal para apoiar vítimas de transfobia no carnaval do Rio
ONG cria canal para apoiar vítimas de transfobia no carnaval do Rio

Redação Publicado em 22/02/2020, às 00h00 - Atualizado às 16h34


Vítimas de discriminação poderão pedir apoio jurídico e psicológico

Travestis, transexuais e pessoas que vivem com HIV e aids poderão pedir apoio jurídico, psicológico e de assistência social gratuito caso sejam vítimas de discriminação durante o carnaval do Rio de Janeiro. O serviço será prestado pelo núcleo TransVida, criado pelo Grupo pela Vidda-RJ, organização não governamental que atua há 30 anos na defesa dos direitos dos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) e das pessoas que vivem com HIV.

Os contatos com os profissionais poderão ser feitos a partir de hoje (22), pelo WhatsApp (21) 99810-0012. Equipes poderão ir ao local da denúncia caso ela seja na capital fluminense.

A advogada transexual Maria Eduarda Aguiar, que preside o Grupo Pela Vidda, afirma que o atendimento será feito de forma humanizada e por profissionais preparados para atender ao público-alvo do programa.

Violência contra a mulher

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro também se mobilizou com mulheres integrantes de 60 blocos para distribuir 10 mil ventarolas contra o assédio em blocos da cidade. Usadas pelos foliões para se abanar no calor do carnaval de rua, as ventarolas contêm contatos de serviços de proteção à mulher, como o Disque 180, as delegacias especializadas, o Centro Integrado de Atendimento à Mulher, o Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública e a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio.

Uma cartilha online também pode ser consultada para orientações sobre como identificar um caso de assédio, o que a lei diz sobre essa forma de violência e como denunciá-la. O documento foi preparado no ano passado em parceria com organizadoras do bloco Mulheres Rodadas e traz orientações como a importância de registrar as denúncias e formas de diferenciar uma agressão de uma paquera.

“As cantadas ofensivas e a importunação física não são formas de conhecer pessoas para um relacionamento íntimo. Uma paquera acontece com consentimento de ambas as partes: é uma tentativa legítima de criar uma conexão com alguém que você conhece e estima. Paquera não deve causar medo, nem angústia. Logo, é fundamental saber aceitar um “não” como resposta”, diz um trecho da cartilha.

AGENCIA BRASIL

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