A Organização Mundial da Saúde (OMS) está trabalhando para que nações latino-americanas vulneráveis recebam uma vacina contra a covid-19 "subsidiada" e a um
Redação Publicado em 15/07/2020, às 00h00 - Atualizado às 09h23
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está trabalhando para que nações latino-americanas vulneráveis recebam uma vacina contra a covid-19 “subsidiada” e a um preço “acessível”, assim que uma imunização estiver disponível, disse a diretora regional da entidade para as Américas, Carissa Etienne.
A América Latina se tornou o epicentro mais recente da pandemia e, na segunda-feira (13), o número de mortes pelo novo coronavírus na região ultrapassou a soma de óbitos nos Estados Unidos (EUA) e no Canadá pela primeira vez desde o início do surto.
Muitas nações latino-americanas têm enfrentado dificuldades em seus sistemas de saúde para lidar com os 3,4 milhões de casos confirmados e as 146 mil mortes por covid-19 na região.
Em entrevista virtual, Carissa disse que a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), escritório regional da OMS sediado em Washington, está trabalhando “para que os países latino-americanos mais vulneráveis da região recebam a vacina contra covid-19 de forma subsidiada e a um preço acessível”.
A corrida global por uma vacina e tratamentos contra o novo coronavírus se transformou em uma batalha entre as nações mais ricas do mundo, algumas das quais estão comprando estoques de remédios ou encomendando suprimentos futuros das vacinas mais promissoras.
Nações latino-americanas com orçamentos pequenos terão dificuldade para competir, disseram especialistas. “Para que serve uma vacina se as pessoas não têm acesso a ela?”, questionou Carissa Etienne.
A Opas tem um mecanismo de cooperação chamado “Fundo Rotatório”, por meio do qual vacinas, seringas e suprimentos relacionados são comprados em nome de seus Estados-membros, independentemente de tamanho ou condições econômicas.
Carissa disse que sua organização está negociando “ativamente” com o Fundo Global de Acesso a Vacinas contra Covid-19, conhecido como Covax, para “obter as melhores condições possíveis para os países da região”.
Ela fez um apelo a essas nações para que participem dos testes clínicos a fim de “acelerar a criação de uma vacina”.
REUTERS
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