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OMS autoriza uso de emergência de vacina indiana

A Organização Mundial da Saúde (OMS) concedeu hoje (3) licença para uso de emergência de vacina Covaxin, fabricada pela Bharat Biotech da Índia, oferecendo

OMS autoriza uso de emergência de vacina indiana
OMS autoriza uso de emergência de vacina indiana

Redação Publicado em 03/11/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h31


Covaxin é fabricada pela farnacêutica Bharat Biotech

A Organização Mundial da Saúde (OMS) concedeu hoje (3) licença para uso de emergência de vacina Covaxin, fabricada pela Bharat Biotech da Índia, oferecendo garantias para o produto que os reguladores do país já tinham autorizado há meses.OMS autoriza uso de emergência de vacina indianaOMS autoriza uso de emergência de vacina indiana

Pelo Twitter, a OMS afirmou que seu grupo de assessoria técnica avaliou que os benefícios do imunizante contra a covid-19 superavam significativamente os riscos e que ele atende aos padrões da organização para proteção contra a covid-19.

A decisão torna o imunizante a oitava vacina contra a covid-19 a receber luz verde da OMS.

“Essa decisão de uso de emergência amplia a disponibilidade de vacinas, a ferramenta mais eficaz de que dispomos para acabar com a pandemia”, disse Mariângela Simão, diretora-geral assistente para o acesso a medicamentos e produtos de saúde.

A Covaxin foi desenvolvida pela Bharat Biotech, em parceria com o Conselho Indiano para Investigação Médica, o órgão máximo de pesquisa do governo.

A decisão sobre a Covaxin, que era esperada na semana passada, foi adiada porque o grupo consultivo da agência buscou esclarecimentos adicionais da farmacêutica antes de conduzir uma avaliação final de risco-benefício para o uso mundial da vacina.

O Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização da OMS também recomendou o uso de Covaxin em duas doses, com um intervalo de quatro semanas, em todas as faixas etárias acima de 18 anos.

Vírus desativado

A vacina é feita utilizando o vírus desativado, para proporcionar resposta imune e é administrada em duas doses.

A OMS afirmou que a vacina foi considerada 78% eficaz na prevenção da covid-19 grave e “extremamente adequada” para países pobres, devido a procedimentos de armazenamento mais fáceis.

Um grupo de especialistas convocado pela OMS defendeu que são insuficientes os dados sobre a segurança da vacina em mulheres grávidas. Estudos estão sendo feitos para analisar a questão.

O regulador de medicamentos indiano autorizou a Covaxin em janeiro, meses antes de os testes em humanos estarem completos, causando preocupação nos especialistas quanto à administração prematura da vacina.

A Bharat Biotech publicou resultados em julho, revelando que o imunizante tinha eficácia de 93% na prevenção da covid-19 grave e de cerca de 65% contra infecções pela variante mais contagiosa, a Delta.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, tomou a primeira das duas doses em março.

Em meados de outubro, mais de 110 milhões de doses da vacina haviam sido administradas, fazendo da Covaxin a segunda mais usada contra a covid-19 na Índia, seguida pela Pfizer e a AstraZeneca.

Brasil

No Brasil, a vacina foi alvo de investigação por parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado este ano. Após denúncias de irregularidades envolvendo a negociação do imunizante com o Ministério da Saúde, o contrato para aquisição de 20 milhões de doses ao custo de R$ 1,6 bilhão foi cancelado em agosto pela pasta, antes que qualquer valor fosse pago.

*Com informações da Reuters e da RTP

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