O ano olímpico costuma ser das estrelas, mas também abre espaço para revelações. Depois dos Jogos de Tóquio, com a melhor participação do Brasil na história,
Redação Publicado em 27/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h43
O ano olímpico costuma ser das estrelas, mas também abre espaço para revelações. Depois dos Jogos de Tóquio, com a melhor participação do Brasil na história, alguns nomes surgiram no cenário nacional. Em 2021, o país descobriu algumas jovens promessas para o futuro do esporte olímpico. O ge separou cinco delas para ficar de olho daqui para frente.
Danielzinho, da maratona
Daniel Nascimento disputou as Olimpíadas de Tóquio e ficou conhecido por cumprimentar o queniano Eliud Kipchoge durante a corrida. Mas seu maior feito foi agora, em dezembro. Aos 23 anos, durante a Maratona de Valência, na Espanha, ele completou os 42.195 metros da prova em 2h06m11s, a segunda melhor marca de todos os tempos para um brasileiro, atrás apenas de Ronaldo da Costa que, com 2h06m05s, foi recordista mundial em 1998.
Daniel correu sua primeira maratona há um ano, em Lima, no Peru, quando anotou o índice olímpico com o tempo de 2h09m. Apesar de uma carreira ainda curta, ele já superou dois nomes históricos do atletismo brasileiro. Vanderlei Cordeiro de Lima, medalhista olímpico, e Marilson Gomes, duas vezes campeão da Maratona de Nova York, não chegaram ao tempo de Danielzinho.
Stephanie Balduccini – natação
Stephanie Balduccini foi a representante mais jovem da delegação brasileira de natação em Olimpíadas nos últimos 40 anos. Aos 16 anos, disputou a prova de revezamento 4x100m livre e 4x100m medley misto. A primeira língua da nadadora, paulistana “da gema”, é… o inglês – sua mãe, Natalie, é descendente de ingleses. Na verdade, por muitos anos a Stephanie teve dificuldade de falar um português recheado de sotaque. Barreira que foi superada com a ajuda do esporte.
Nos Jogos Pan-Americanos Júnior, disputado em Cali, Stephanie brilhou. Ao deixar a Colômbia com sete ouros, se tornou a maior medalhista da competição até 23 anos. Com um dos melhores tempos no último ciclo, é nome para ficar de olho nos próximos anos.
Stephanie Balduccini é a caçula da natação brasileira em Tóquio
Sophia Medina – surfe
O talento corre nas veias de Sophia Medina. Depois de ver seu irmão chegar ao topo do surfe mundial, a jovem surfista, de apenas 16 anos, também começa a trilhar seu caminho no esporte. Em novembro, ela garantiu seu primeiro título de nível QS ao vencer a disputa em Saquarema, no Rio de Janeiro. Depois de somar conquistas nas categorias mais jovens, Sophia é uma das maiores apostas do surfe brasileiro.
Aos 16 anos, Sophia Medina é campeã em Saquarema
Kawan Pereira – saltos ornamentais
Kawan Pereira, de apenas 19 anos, somou feitos importantes durante o ano. Nas Olimpíadas de Tóquio, disputou a final olímpica da plataforma de 10m, a mais tradicional prova dos saltos ornamentais. Com um somatório de 393.85 pontos, terminou na décima posição no geral, algo que jamais havia sido alcançado por um atleta brasileiro.
Ele, porém, foi além. No Mundial júnior de saltos, disputado em Kiev, na Ucrânia, se tornou o primeiro brasileiro a conquistar uma medalha de ouro em uma edição da competição, no trampolim de 3m. Três dias depois, levou o bronze no trampolim de 1m. Vale (muito) ficar de olho…
Kawan Pereira termina em 10° lugar, melhor resultado do Brasil na plataforma de 10m
Ana Cristina – vôlei
Caçula da seleção brasileira que ficou com a prata nas Olimpíadas de Tóquio, Ana Cristina, de 17 anos, já fez história ao ser convocada por Zé Roberto. A maior promessa das quadras brasileiras, porém, foi além. Depois de estrear no vôlei brasileiro na temporada passada pelo Sesc-Flamengo, foi contratada pelo Fenerbahçe, um dos maiores clubes da atualidade. No último Mundial, participou da campanha que terminou com o bronze do time turco.
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