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OEA aprova declaração que não reconhece legitimidade do novo mandato de Maduro na Venezuela

A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou nesta quinta-feira (10) uma declaração em que não reconhece a legitimidade do novo mandato de Nicolás

OEA aprova declaração que não reconhece legitimidade do novo mandato de Maduro na Venezuela
OEA aprova declaração que não reconhece legitimidade do novo mandato de Maduro na Venezuela

Redação Publicado em 10/01/2019, às 00h00 - Atualizado às 14h43


Aprovação aconteceu logo após Maduro tomar posse de um segundo mandato presidencial na Venezuela.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou nesta quinta-feira (10) uma declaração em que não reconhece a legitimidade do novo mandato de Nicolás Maduro na Venezuela.

A aprovação aconteceu logo após Maduro tomar posse de um novo mandato presidencial previsto para durar até 2025.

A resolução foi aprovada com 19 votos a favor, 6 contrários, 8 abstenções e 1 ausência. Entre os países que votaram a favor estão Argentina, Estados Unidos, Colômbia, Chile, Equador, Canadá e Brasil. Venezuela, Nicarágua, Bolívia e alguns países caribenhos votaram contra, e entre os países que se abstiveram está o México.

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Con 19 votos a favor; 6 en contra, 8 abstenciones y 1 ausencia, Consejo Permanente de la #OEA acuerda “no reconocer la legitimidad del período del régimen de @NicolásMaduro a partir del 10 de enero de 2019” #OEAconVzla#Venezuela

A medida é um chamado à “realização de novas eleições presidenciais com todas as garantias necessárias para um processo livre, justo, transparente e legítimo”, afirma o texto.

A sessão extraordinária do Conselho Permanente da OEA foi solicitada pelas missões da Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Guatemala, Paraguai e Peru.

A Assembleia Geral da OEA é composta pelas delegações de todos os Estados membros ativos, que atualmente são 34. Cuba não participa.

Eleição contestada

Maduro foi reeleito em maio do ano passado, com quase 70% dos votos, numa eleição que foi boicotada pela oposição, teve alta abstenção e denúncias de fraude.

A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) se recusou a participar do pleito por considerar o processo uma “fraude” para perpetuar Maduro no poder. Os dois maiores rivais de oposição já estavam impedidos de concorrer: Leopoldo Lopez está preso e Henrique Capriles foi impedido de se candidatar a qualquer cargo por um período de 15 anos.

Cerca de 20,5 milhões de eleitores estavam registrados para votar, mas o comparecimento foi de 46% do eleitorado e um total de 8,6 milhões de votos. Foi uma das porcentagens de participação mais baixa da história venezuelana.

Crise

A Venezuela está mergulhada em uma grave crise política e econômica que obrigou 2,3 milhões de pessoas a deixá-lo desde 2015, segundo a ONU.

A crise na Venezuela causou escassez de alimentos e medicamentos e, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a inflação em 2019 atingirá 10.000.000%.

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