Por Rodrigo Constantino*
Redação Publicado em 08/04/2022, às 00h00 - Atualizado às 08h05
Por Rodrigo Constantino*
Era um herói nacional e foi convidado para tocar um dos mais importantes ministérios. Fez um trabalho bom, mas resolveu sair no meio da pandemia, atirando. Prometeu um batom na cueca, mas a Polícia Federal nada encontrou. Passou a dar entrevistas para veículos de comunicação opositores do governo, e se uniu a um deles, o mais sensacionalista. Lançou sua candidatura criando uma falsa equivalência entre o ladrão que prendeu e o ex-chefe. Definha no novo partido, sem espaço para sair candidato a presidente. Sergio Moro tem um destino melancólico.
Chapa BolsoDoria. Não era uma via de mão dupla, mas sim João Doria pegando carona no fenômeno bolsonarista. Foi eleito. Logo depois decidiu que queria mesmo é a cadeira de Bolsonaro, e passou a ser um traidor, não só do governo federal, pedindo para o ministro Paulo Guedes sair junto de Sergio Moro, mas da nação, impondo lockdowns absurdos e torcendo pelo pior. Resultado: Doria amarga uma intenção ridícula de voto, e vai ter de se esforçar para ficar à frente do desconhecido candidato do Novo.
O pitbull bolsonarista. Ele subia nos palanques ao lado do candidato Bolsonaro e fazia discursos enfáticos contra a esquerda. Era uma atuação, nos mesmos moldes de seus filmes pornográficos. Alexandre Frota enganou alguns bolsonaristas, mas sempre foi um oportunista. Tão logo vislumbrou uma oportunidade do outro lado, pulou a cerca e chorou com Doria. Era um tucano agora. E já está flertando com o socialista Marcelo Freixo até. Não deve ser candidato a nada, pois não vence nem para síndico do prédio.
A musa da direita. Ela subia em tudo que é carro de som, pois não pode ver um holofote. Da imprensa para a política, foi uma das deputadas mais votadas. Um milhão de brasileiros acreditaram nela, em sua honestidade, seus valores conservadores. Mas Joice Hasselmann era mesmo uma plagiadora pelo visto, nada mais. Copiava os outros, e quando se deu conta de que tinha mais espaço colada em Moro e nos tucanos, passou a ser opositora ferrenha de Bolsonaro. Não deve sair candidata, pois não venceria nem para musa de Várzea.
Ele foi tratado como uma espécie de primeiro-ministro, um estadista competente e responsável, o verdadeiro gestor da nação. A imprensa chegou a colocar a reforma previdenciária em sua conta, ignorando que Bolsonaro foi o grande responsável pela reforma que economizou o dobro daquela proposta por Temer. Um deputado medíocre, eleito com pouco mais de 70 mil votos por conta do sobrenome, que virou presidente da Câmara por agir como despachante de grupos de interesse. Tão logo Rodrigo Maia saiu do cargo, já deixou claro que era um sabotador disfarçado, um opositor boicotando a agenda reformista do governo. Colou em Doria e não vai disputar eleição, pois não venceria nem para vereador.
A lista continua. Temos vários outros nomes que se mostraram oportunistas, com projetos pessoais de poder, nada mais. Todos eles têm algo em comum: estão politicamente mortos.
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