Por Kleber Carrilho
Redação Publicado em 30/04/2022, às 00h00 - Atualizado às 11h11
Por Kleber Carrilho
O Brasil e o mundo pós-pandemia
Esta semana, fui convidado para dar uma palestra online sobre os desafios para os negócios no mundo pós-pandemia. Como o público era principalmente composto por empresários brasileiros, ou representantes brasileiros de empresas internacionais, optei por, além de falar sobre como a pandemia mudou as relações entre as pessoas e os negócios, destacar dois desafios atuais: a guerra russo-ucraniana, com a intenção de destacar o contexto geopolítico que vivemos, e as eleições, com destaque para como o nosso país tem lidado com a crise da democracia liberal.
Quando estava preparando a minha fala, a primeira dúvida foi: realmente a pandemia terminou? E, surpreendentemente, confirmei algo que a minha esposa tinha notado no dia anterior e demonstrado preocupação, mas que eu não tinha dado tanta atenção: os números da pandemia não estão baixos. Em Portugal, onde estou agora, os números de mortes continuam altos. Em outros países europeus, e mesmo no Brasil, eles ainda poderiam ser preocupantes.
Mas, por algum motivo, a pandemia acabou. Talvez pelo cansaço, talvez por falta de interesse político por mantê-la, outras coisas foram colocadas no lugar. A guerra, as eleições, o carnaval, a final do BBB, tudo passou a ser mais importante do que o número de mortes por COVID-19. Aqui, tal como aí, não se usa mais máscara (a não ser em transportes públicos ou ambientes de atendimento de saúde), e a vida voltou ao normal.
Até porque, voltando aos temas da palestra, a guerra (para a Europa e uma parte importante do mundo) e a eleição (para o Brasil) falam muito mais do nosso futuro do que a preocupação com a pandemia. E demonstram as fragilidades, da Europa, dos EUA e da ONU, ao não saber o que fazer com os incômodos que representam Putin e Zelensky, e do Brasil, ao não termos a mínima ideia de como apresentar um planejamento estratégico viável para o longo prazo.
E, por mais que um mundo pós-pandemia pudesse trazer um otimismo que foi contido pelos tempos de confinamento e isolamento, não é o que vemos agora: saímos de um ambiente de medo para cairmos de cabeça na incerteza, em uma certa desesperança. Aquilo que era terrível, mas que dava sinais de que teria um fim (como está tendo), foi substituído por algo que não tem um fim à vista.
Vivemos crises de liderança, de incapacidade de negociação, de incompreensão em relação às realidades paralelas que o ambiente virtual trouxe, de impossibilidade de saber o que nos espera.
Por tudo isso, é hora de se levantar e, para quem ainda consegue ter esperança, pensar no mundo após tudo isso. Após Putin, Zelensky, Scholz, Macron, Guterres, Lula e Bolsonaro. Porque eles não são soluções para nada. Nem para o Brasil, nem para o mundo.
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