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‘Estão politizando a fome das pessoas’, diz Nunes

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), reagiu com irritação nesta quinta-feira (28) à informação de que o Ministério Público e a Defensoria de SP

‘Estão politizando a fome das pessoas’, diz Nunes
‘Estão politizando a fome das pessoas’, diz Nunes

Redação Publicado em 28/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 17h09


O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), reagiu com irritação nesta quinta-feira (28) à informação de que o Ministério Público e a Defensoria de SP ingressaram com ação na Justiça para que haja regularização no fornecimento de quase 10 mil cartões de gratuidade do restaurante Bom Prato para a população de rua da cidade.

Segundo os dois órgãos, o município e o governo de SP firmaram um convênio para que 13 mil cartões que oferecem gratuidade nas refeições do Bom Prato fossem distribuídos entre os vulneráveis. Desse total, apenas 3.559 estavam sendo efetivamente utilizados até o dia 15 de outubro, de acordo com informações do próprio governo paulista.Cartão de gratuidade dos restaurantes Bom Prato, do governo de São Paulo.  — Foto: Divulgação/GESP

Em coletiva de imprensa na manhã desta quinta, Nunes admitiu que a cidade distribuiu apenas 4 mil cartões de gratuidade à população rua da cidade, mas disse que há uma “politização da fome das pessoas vulneráveis”.

Ele também rebateu às reclamações dos movimentos de apoio à população de rua, que afirmam que a Prefeitura de SP diminuiu em quase 70% o número de marmitas distribuídas à população de rua da cidade através do programa ‘Cozinha Cidadã’, passando de 10 mil para 3.220 marmitas fornecidas diariamente nas ruas da capital paulista.

“Nós já temos 4 mil cartões, que são para três refeições por dia, que valem até 31 de dezembro. Existe a possibilidade do governo de SP nos fornecer mais. Mas o que é importante falar: as ações não são assim de uma forma que não se mudam. Nós abrimos, por exemplo, em dois meses, 1.200 locais e hotéis. Então, foram 1.200 pessoas que a gente dava marmita e elas estão em um hotel com café da manhã, almoço, café da tarde e jantar. São 1.200 pessoas que não precisam mais de uma marmita na rua”, afirmou o prefeito.

“É natural que façamos mudanças nas políticas públicas. O ruim é as pessoas politizarem um assunto de sofrimento das pessoas. Isso tem deixado a Prefeitura de SP muito preocupada. As pessoas já estão na rua. Estão passando fome. Não falta comida, não falta marmita. Estamos melhorando a política pública para fornecer alimento com maior dignidade e toda hora vem uma conversa que parece que a gente está tirando o alimento das pessoas. Não estamos tirando a alimentação, estamos mudando o perfil de atendimento pra melhorar a qualidade de atendimento a essas pessoas”, declarou Nunes.

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G1

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