O mês de novembro teve chuvas abaixo da média em todos os reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo. No caso do Sistema Cantareira, o
Redação Publicado em 01/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 07h40
O mês de novembro teve chuvas abaixo da média em todos os reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo. No caso do Sistema Cantareira, o déficit foi de 25%. A falta de chuvas preocupa especialistas, que acreditam que pode faltar água nas casas no ano que vem.
Novembro é tradicionalmente o quarto mês mais chuvoso no Cantareira e o déficit de chuvas foi de 25%. Já no São Lourenço, o déficit chegou a 79% (veja tabela abaixo).
Os números são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Nesta terça-feira (30), o Cantareira operava com 26% de seu volume. O número está abaixo dos 31,8% do mesmo dia 30 de novembro de 2013, ano pré-crise hídrica.
Já o volume total de água acumulado em todos os reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo era de 716,16 hm³ nesta terça-feira e de 833,38hm³ em 2013. Atualmente temos, portanto, 14% menos água armazenada do que em 2013.
A comparação com 2013 é importante porque no ano seguinte houve crise de abastecimento na Grande São Paulo, o que pode apontar que estamos no ano anterior a uma nova crise de abastecimento, de acordo com o especialista em gestão de recursos hídricos e professor de pós-graduação em ciência ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da Universidade de São Paulo (USP) Pedro Luiz Côrtes.
“Estamos em uma situação pior do que estávamos em novembro de 2013, na antessala da crise hídrica anterior. Já está configurada a situação de crise no abastecimento. A Sabesp já está adotando a redução da pressão nas casas por um período maior, embora não admita que isso seja em decorrência do cenário atual. Os prognósticos climáticos vêm se confirmando ao longo de toda essa crise e, segundo eles, não há perspectiva de melhora significativa na disponibilidade de água até a metade de 2022. Portanto, a situação de crise no abastecimento deve persistir.”
Além do Cantareira, os outros sistemas que abastecem a Grande São Paulo são: Alto Tietê, Guarapiranga, Cotia, Rio Grande, Rio Claro e São Lourenço. Juntos, eles abastecem 21 milhões de pessoas.
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G1
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