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Nove anos depois… Jean e Carlinhos esperam “vingança” do Fluminense contra o Olimpia

Chegou o dia, torcida tricolor. A hora da tão aguardada revanche contra o Olimpia, do Paraguai, que foi o carrasco tricolor na Libertadores de 2013. Aquele

Nove anos depois… Jean e Carlinhos esperam “vingança” do Fluminense contra o Olimpia
Nove anos depois… Jean e Carlinhos esperam “vingança” do Fluminense contra o Olimpia

Redação Publicado em 09/03/2022, às 00h00 - Atualizado às 11h32


Chegou o dia, torcida tricolor. A hora da tão aguardada revanche contra o Olimpia, do Paraguai, que foi o carrasco tricolor na Libertadores de 2013. Aquele timaço do Fluminense, que tinha sido campeão carioca e brasileiro no ano anterior, parou na retranca paraguaia e caiu nas quartas de final do principal torneio da América do Sul.

Carlinhos em ação contra o Olimpia no jogo de volta no Paraguai em 2013 — Foto: Nelson Perez / Fluminense FC

Carlinhos em ação contra o Olimpia no jogo de volta no Paraguai em 2013 — Foto: Nelson Perez / Fluminense FC

Nove anos depois, Abel Braga e Fred continuam no clube e terão a chance da “vingança” na noite desta quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), no Estádio Nilton Santos – o camisa 9 ainda se recupera de lesão e está fora da partida. Só que não são só eles, até jogadores que não estão mais no elenco, mas criaram fortes raízes no Fluminense, também querem aproveitar a oportunidade para desentalar o Olimpia da garganta.

– Chegamos bem para esses dois jogos e éramos favoritos. Imaginávamos que o nosso time poderia passar pela qualidade do grupo, mas Libertadores nem sempre o time considerado favorito leva a melhor – lembrou o lateral-esquerdo Carlinhos.

Naquela época, o Fluminense também fez o primeiro jogo no Rio de Janeiro, só que em São Januário. O Tricolor, escalado com Diego Cavalieri, Bruno, Digão, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Jean e Wagner; Rhayner, Wellington Nem e Fred, dominou o Olimpia tendo 72% de posse de bola. Mas a bola teimou em não entrar e manteve o 0 a 0 no placar. No jogo da volta no Paraguai, o time até conseguiu sair na frente com Rhayner, mas levou a virada.

– Principal fator era não tomar gol quando o primeiro jogo era em casa, mas precisávamos ter ido com um resultado positivo para lá: 1 a 0 que seja, 2 a 0, para ir lá um pouco mais seguro. O time deles era de qualidade, e quando fizemos o primeiro gol fora de casa, em um jogo dificílimo, acredito que faltou um pouquinho de malandragem, de jogar como a Libertadores pede. Digo malandro no sentido de competir mais, ser mais cascudo, segurar a bola, o que é difícil pela pressão que fazem lá. Infelizmente não soubemos segurar e fomos castigados. Se tivéssemos feito um gol no primeiro jogo, acredito que mudaria muita coisa – lamentou o volante Jean.

Jean foi titular nos dois jogos contra os paraguaios nove anos atrás — Foto: Nelson Perez / Fluminense FC

Jean foi titular nos dois jogos contra os paraguaios nove anos atrás — Foto: Nelson Perez / Fluminense FC

O que ficou no passado não pode ser alterado, mas o futuro está aí para ser escrito, e o Fluminense vai em busca de sua primeira vitória na história sobre o Olimpia. Aos 35 anos, Carlinhos desta vez trocou o campo pela televisão e vai acompanhar o jogo desta quarta à distância e otimista:

– Acho que, como em 2013, o time tem chance de passar. Acredito muito nessa equipe. Vou acompanhar esse jogo como tenho acompanhado todos os outros do Fluminense. Hoje sou tricolor de coração. Não sou bom de palpites, mas, pelo que o Fluminense tem apresentado, tenho certeza que será o suficiente para passar de fase – projetou o lateral, que estava no Maringá desde 2021 e deixou o clube no mês passado.

Também aos 35 anos e atualmente sem clube, Jean é outro que garante que irá assistir ao jogo e torcer. Mas o volante, embora confiante, previu dificuldades e citou como exemplo o time de 2013, que tinha três da seleção brasileira (ele, Fred e Diego Cavalieri), mas acabou surpreendido:

– Vou acompanhar, claro, como torcedor do nosso Fluzão. E acredito que tem tudo para passar, não só pela maturidade que a equipe tem, mas pelos grandes jogadores junto dessa mescla entre garotada e os de “melhor idade”, como eu costumo dizer. Isso tem deixado o Fluminense muito forte. Não vai ser um jogo fácil, é óbvio. Aquele nosso time, por exemplo, também era rodado, com três jogadores de seleção brasileira, mas isso fica fora de campo. Não tenho acompanhado muito o Olimpia, mas sempre tem um time bom, principalmente em competições sul-americanas. Mas acredito que, buscando um resultado bom no primeiro jogo, Fluminense consegue a classificação.

Time titular do Fluminense nos dois jogos contra o Olimpia em 2013 — Foto: Divulgação / Fluminense

Time titular do Fluminense nos dois jogos contra o Olimpia em 2013 — Foto: Divulgação / Fluminense

Questionados sobre qual time é mais forte, se o Fluminense de 2013 ou o de 2022, que vem de 11 vitórias seguidas, sua segunda melhor sequência desde 1919, Jean e Carlinhos não ficaram em cima do muro: eles acreditam que aquela equipe de nove anos atrás, apesar da eliminação para o Olimpia, por enquanto é superior ao atual plantel:

– Não é porque eu estava lá, mas com certeza acredito que aquela equipe estava mais pronta. Vínhamos de um ano maravilhoso, campeão da Taça Guanabara, carioca e brasileiro (em 2012), só não foi perfeito porque fomos eliminados pelo Boca Juniors (na Libertadores). Chegamos em 2013 mais experientes, com jogadores consagrados. A diferença acho que é isso, era uma equipe mais madura, mais entrosada. Acredito que éramos mais fortes, mas essa de agora tem tudo para crescer, evoluir na competição e fazer história. Quando fui visitar o clube, falei para eles que o Fluminense ia conquistar coisa grande, e eu vou estar aqui na torcida comemorando junto – previu Jean.

“Certeza que o de 2013 era melhor já que tinha mais tempo de trabalho junto. Mas esse time de agora está se encaixando e pode dar alegrias ao torcedor”, disse Carlinhos.

Com promessa de casa cheia, Fluminense e Olimpia entram em campo nesta quarta, às 21h30 (de Brasília), no Estádio Nilton Santos. A classificação será decidida na quarta seguinte (16), no Paraguai, no Estádio Defensores del Chaco, já que o regulamento determina que o jogo da volta será na casa do clube melhor colocado no ranking da Conmebol (o Tricolor é o 30º, enquanto os paraguaios são 14º).

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GE

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