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Novas fadinhas do skate? Irmãs de 5 e 8 anos se aventuram nas pistas de Ribeirão Preto, SP

O efeito fadinha causado pela medalhista olímpica do skate, Rayssa Leal, impulsiona as irmãs Ana Vitória e Mariana Borges Luciano, de 5 e 8 anos. Em Ribeirão

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Redação Publicado em 28/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h12


O efeito fadinha causado pela medalhista olímpica do skate, Rayssa Leal, impulsiona as irmãs Ana Vitória e Mariana Borges Luciano, de 5 e 8 anos. Em Ribeirão Preto (SP), a jovem atleta brasileira virou ídolo em dose dupla e é inspiração para encarar manobras radicais e ‘ralar’ joelhos nas pistas.

“Eu estou treinando remada e ollie para ser fera igual a Rayssa. Um dia eu vou para o campeonato também”, diz Ana Vitória.

Neste fim de semana, quando Rayssa disputa a final da etapa do Mundial em Salt Lake City, nos EUA, Mariana e Ana Vitória são só torcida.

“Muito bacana a Rayssa estar participando de outro campeonato. Quando eu crescer vou querer fazer igual a ela”, afirma Mariana.

Influências no skate

As irmãs são adeptas do skate há cerca de um ano, segundo a mãe Viviana Borges. Ela conta que as filhas sempre demonstraram interesse por esportes e receberam apoio dela e do marido.

As meninas começaram com a bicicleta, passaram pelos patins. Mas, no ano passado, conheceram o skate ao ver meninos brincando no condomínio onde moram e ficaram contagiadas.

Viviana lembra que chegou a pensar que o interesse seria passageiro. Elas se divertiam com o skate emprestado dos amigos. Mas a coisa foi ficando séria, com pedidos para ir andar nas pistas e a tentativa de sucesso em manobras bem ousadas para as pequenas.

O pai, então, precisou comprar um skate para cada uma e passou a levar as meninas às pistas de skate mais de três vezes na semana. A cada treino, de acordo com a mãe, a evolução se torna perceptível aos olhos de quem acompanha a dedicação delas de perto.

“Agora, estão praticando praticamente todo dia na pista. Estão bem firmes e como uma segue a outra, vão se aperfeiçoando e aprendendo cada vez mais”, diz Viviana.

Mariana Borges Luciano e Ana Vitória Borges Luciano intensificam gosto por skate após Olimpíadas    — Foto: Acervo pessoal

Mariana Borges Luciano e Ana Vitória Borges Luciano intensificam gosto por skate após Olimpíadas — Foto: Acervo pessoal

Como combustível para aquecer ainda mais o gosto pelo esporte, as irmãs acompanharam as provas da modalidade nas Olimpíadas de Tóquio e ficaram vidradas nas performances de Rayssa Leal e Letícia Bufoni.

“Depois das Olimpíadas, elas ficaram muito mais aguçadas, querendo aprender mais. Elas estão bem empolgadas, hoje tem bem mais mulheres no esporte, eu acho bem legal esse incentivo para as meninas”, afirma Viviana.

Um vídeo feito pela mãe mostra a persistência da mais velha na pista. Em cima do skate, Mariana vai destemida, cai, mas não se incomoda. (Assista acima)

“Eu acho que esse não ter medo delas é porque eu sou uma pessoa que incentiva muito a ir, então é bem aquilo: se cair, levanta, faz parte. Eu não faço muito drama em queda. Claro, com segurança. É assim que evolui”, diz a mãe.

Nas pistas e fora delas, as irmãs expressam a admiração pelos grandes nomes femininos que se destacam no esporte. Mariana adora desenhar Letícia Buffoni.

Desenho feito pelas irmãs de Ribeirão Preto (SP) em homenagem a skatista Letícia Bufoni  — Foto: Arquivo pessoal

Desenho feito pelas irmãs de Ribeirão Preto (SP) em homenagem a skatista Letícia Bufoni — Foto: Arquivo pessoal

Mulheres no skate

Além dos treinos junto com os pais, Mariana e Ana Vitória têm um empurrãozinho a mais em Ribeirão Preto. Nas pistas, elas se juntaram aos encontros do coletivo Maria Skateras. O grupo, criado há dois meses, busca unir meninas que já praticam ou que querem aprender o esporte.

A iniciativa surgiu de quatro amigas, Beatriz Sadauskas Henrique, Sabrina da Silva Souza, Melissa Martins Moreira e Gabrielli Cristina Vande, ao enxergarem a necessidade de um ambiente agradável e acolhedor para que todas pudessem ter espaço, independentemente da idade e do nível de entrosamento com o skate.

Atualmente, Mariana e Ana Vitória são as mais jovens entre 15 integrantes do grupo. Para as idealizadoras, a expectativa é de que cada vez mais meninas possam se aventurar na prática.

“Nós ficamos profundamente felizes que as meninas estão tendo o apoio dos pais à prática deste esporte, desejamos que cada vez mais meninas sejam envolvidas”, afirma Beatriz.

Inspiradas também em nomes como Karen Jonz, Larissa Carollo, Karen Feitosa e Eliana Sosco, as meninas desejam passar adiante o legado de luta e conquista daquelas que trilharam o caminho do esporte feminino.

Para elas, ver a evolução de meninas como Mariana e Ana Vitória faz aumentar as expectativas na difusão do esporte para todas as mulheres.

“Nossas expectativas não poderiam ser melhores. Cada vez mais recebemos meninas buscando iniciar no esporte e nosso maior foco é difundir o skate para todas. Buscamos gerar frutos abrangendo não apenas a prática, mas o apoio a nossa comunidade”, diz Beatriz.

Registro do primeiro encontro das Marias Skateras em Ribeirão Preto (SP)  — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Registro do primeiro encontro das Marias Skateras em Ribeirão Preto (SP) — Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Fontes: GE – Globo Esporte.

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