O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli , se recusou a comentar nesta segunda-feira (9) a convocação de Jair Bolsonaro para uma
Redação Publicado em 09/03/2020, às 00h00 - Atualizado às 16h37
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli , se recusou a comentar nesta segunda-feira (9) a convocação de Jair Bolsonaro para uma manifestação neste domingo (15) a favor do governo e contra o Legislativo e o Judiciário. “Não sei de nada”, afirmou Toffoli ao fim de sua fala na abertura do XXI Congresso Internacional de Arbitragem Marítima, no Rio de Janeiro, ao ser questionado sobre o ato.
A manifestação, organizada por movimentos conservadores que têm como principais bandeiras a defesa do governo e das Forças Armadas, ocorre após o aprofundamento da crise entre os três poderes e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, se flagrado durante uma transmissão ao vivo dizendo que o Congresso Nacional fazia chantagem com o Planalto.
Durante o discurso, no entanto, Toffoli disse que a função da Justiça é de pacificação de conflitos e que essa tarefa precisa de suporte da sociedade. “A função última do poder judiciário é promover a pacificação social. É necessário que a sociedade também atue de forma cooperativa”, afirmou o presidente da Corte.
Outra integrante do Supremo que estava presente no evento era o ministro Luiz Fux, que também foi questionado sobre o mesmo assunto. Ele também se recusou a falar sobre a manifestação e disse que só comentaria questões relacionadas ao congresso que estava participando. “Nada de lá de fora”, disse.
Na saída Fux foi novamente abordado, mas voltou a see esquivar e disse que “não gosta de falar rápido para não falar errado”.
Depois da repercussão negativa de sua convocação, Bolsonaro tem dito que a manifestação é em defesa do Brasil, afastando a ideia de que o ato é contra o Parlamento e o Supremo Tribunal Federal. “É um movimento espontâneo, e o político que tem medo de movimento de rua não serve para ser político”, afirmou o presidente em Roraima. “Então participem, não é um movimento contra o Congresso, contra o Judiciário. É um movimento pró-Brasil.”
iG
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