O pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro que levou à prisão de Fabrício Queiroz -- preso na quinta-feira (18) -- levanta suspeita sobre R$ 261 mil
Redação Publicado em 19/06/2020, às 00h00 - Atualizado às 10h54
O pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro que levou à prisão de Fabrício Queiroz — preso na quinta-feira (18) — levanta suspeita sobre R$ 261 mil pagos em dinheiro por mensalidades escolares e plano de saúde das filhas de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Segundo o documento, ao qual a TV Globo teve acesso, foram 116 boletos quitados em espécie.
Ao menos dois desses boletos, de mensalidades de um colégio no Rio, foram comprovadamente pagos por Queiroz, segundo o MP.
O ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa (Alerj) quitou duas mensalidades, de R$ 3.382,27 e R$ 3.560,28, em 1º de outubro de 2018, segundo fotos e dados incluídos no processo.
Ao cruzar dados e imagens de câmeras de segurança de agência bancária de dentro da Alerj, o MPRJ concluiu que Fabrício Queiroz fez esses dois pagamentos.
Queiroz foi assessor do hoje senador Flávio, filho do presidente Jair Bolsonaro, quando ele era deputado estadual no Rio. O ex-assessor teve a prisão preventiva decretada por suspeita de participação em um esquema de “rachadinha”.
Segundo a investigação, funcionários de Flávio devolviam parte do salário, e o dinheiro era lavado por meio de uma loja de chocolate e através do investimento em imóveis.
O pagamento das mensalidades seria mais um indício de que a arrecadação do salário dos servidores do gabinete voltava para o parlamentar.
“A análise de suas atividades bancárias permitiu ao Gaecc/MPRJ comprovar que Fabrício Queiroz também transferia parte dos recursos ilícitos desviados da Alerj diretamente ao patrimônio familiar do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, mediante depósitos bancários e pagamentos de despesas pessoais do parlamentar e de sua família”, diz trecho da decisão .
G1
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