A delegada Bárbara Lomba não irá mais continuar à frente das investigações acerca da morte do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada federal Flordelis
Redação Publicado em 22/01/2020, às 00h00 - Atualizado às 11h57
A delegada Bárbara Lomba não irá mais continuar à frente das investigações acerca da morte do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada federal Flordelis (PSD), assassinado a tiros, na madrugada do dia 16 de junho de 2019, na garagem de casa em Pendotiba, Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
Num boletim interno publicado pela Polícia Civil, o qual a reportagem teve acesso, ficou definido que Lomba deixa a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), e,agora, será titular da 11ªDP (Rocinha). O delegado Allan Duarte Lacerda, que estava na 127ªDP (Búzios), assumirá a DHNSGI.
Lacerda, que, agora, assume não só este caso de repercussão nacional, como tantos outros da Especializada, volta à DH de Niterói e São Gonçalo após pouco mais de um ano. Ele era um dos braços direitos de Bárbara Lomba quando, no início de 2019, foi movido para titular da 127ªDP (Búzios).
Outra investigação que estava a cargo de Lomba era o assassinato de cinco pessoas em um condomínio do programa “Minha Casa, Minha Vida” em Itaipuaçu, distrito de Maricá. As vítimas foram identificadas como Sávio de Oliveira Vitipó, de 19 anos, Mateus Bitencourt da Silva, de 18 anos, e os adolescentes Patrick da Silva Diniz, Matheus Barauna dos Santos e Marco Jonathan da Silva Oliveira. Segundo a Polícia Civil, os jovens foram mortos pela milícia. Bárbara também esteve à frente de de diversos inquéritos que apuram mais de 50 assassinatos em Itaboraí, praticados por um grupo ligado a Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica.
A mudança aconteceu no mesmo dia em que um último avanço na investigação do caso Flordelis foi revelado em reportagem da TV Globo e confirmado pelo GLOBO: o celular de Anderson, desaparecido desde o dia do crime, teria sido acionado na casa de Yvelise de Oliveira, esposa do senador Arolde de Oliveira (PSD), e presidente do Grupo MK, que produziu discos de Flordelis. Procurado pela reportagem, Arolde de Oliveira disse que ele e a mulher estão perplexos.
“Isso não existe. Estou perplexo. Cabe o ônus da prova a quem acusa. Nunca imaginei um ataque desta natureza. Deus é maior que isso tudo. Yvelise está tão perplexa quanto eu estou, e estamos achando que pode ter sido uma clonagem. Amanhã (quarta-feira) vou ver o que eu faço. Quem não deve, não teme”, disse Arolde.
iG
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