- Uma comissão disciplinar foi criada sobre o caso envolvendo Krystsina Tsimanouskay para clarificar as circunstâncias ao redor do incidente e o papel
Redação Publicado em 06/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h22
O Comitê Olímpico Internacional anunciou nesta sexta-feira (6) a criação de um comitê para investigar as acusações feitas por Krystsina Tsimanouskay, atleta de Belarus que afirma ter sido levada à força ao aeroporto para deixar as Olimpíadas após criticar seus treinadores em uma postagem em rede social. Os dois técnicos envolvidos no caso ainda serão ouvidos, mas já tiveram suas credenciais retiradas e não podem acessar a Vila Olímpica.
– Uma comissão disciplinar foi criada sobre o caso envolvendo Krystsina Tsimanouskay para clarificar as circunstâncias ao redor do incidente e o papel desempenhado pelos treinadores, sr. Artur Shimak e sr. Yury Maisevich. No interessem do bem-estar dos atletas de Belarus que ainda estão em Tóquio, o COI retirou de forma provisória as credenciais dos dois treinadores, que foram pedidos para deixar a Vila Olímpica imediatamente, o que fizeram. Eles terão oportunidade de serem ouvidos – disse o COI em nota.
Krystsina Tsimanouskay recebeu asilo humanitário da Polônia e chegou no país nesta quinta-feira (5). O marido dela, Arseny Zdanevich, fugiu de Belarus para a Ucrânia e também poderá se reunir à esposa nas mesmas condições de asilo humanitário.
A velocista estava em Tóquio para a disputa das Olimpíadas 2020. Ela iria correr as classificatórias dos 200m rasos e do revezamento 4×400, mas foi retirada das disputas. Segundo ela, a comissão de Belarus a puniu por críticas a seus treinadores e estava tentando forçá-la a voltar para casa. O Comitê Olímpico do país, por sua vez, garante que a decisão se deu pelo “estado emocional e psicológico” da atleta.
No último sábado, ao saber que havia sido incluída na prova do revezamento 4×400, Krystsina fez uma publicação nas redes sociais alegando que não havia sido consultada previamente. Ela escreveu que não vê problemas em ajudar o seu país na disputa, mas que não gostou da maneira como o assunto foi tratado: segundo ela, sem comunicação ou explicação dos motivos.
Já no domingo, Krystsina contou que foi acordada cedo e retirada de seu quarto na Vila Olímpica. Em seguida, foi levada para o aeroporto, onde pegaria um avião de volta a Minsk, capital de Belarus. Foi então que ela acionou a polícia do aeroporto, gravou um vídeo paras as redes sociais e causou comoção. O avião partiu sem ela.
Duas mil personalidades do esporte de Belarus, incluindo Krystsina Tsimanouskaya, assinaram uma carta pedindo novas eleições e libertação de presos políticos no país. O resultado das eleições de 2020 que reelegeram Alexander Lukashenko, presidente bielorrusso desde 1994, são contestados e não foram reconhecidos internacionalmente. Viktor Lukashenko, seu filho, é presidente do Comitê Olímpico dos país.
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Fontes: Ge – Globo Esporte.
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