Entrar em campo com um tabu de 16 anos sem ganhar no Morumbi, enfrentar um de seus maiores rivais com a possibilidade de perder a liderança do Campeonato
Redação Publicado em 08/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 09h32
Entrar em campo com um tabu de 16 anos sem ganhar no Morumbi, enfrentar um de seus maiores rivais com a possibilidade de perder a liderança do Campeonato Brasileiro para ele e com uma torcida contra de mais de 56 mil torcedores. Tudo isso poderia ser uma carga enorme para muitas equipes. Não para o Palmeiras de Luiz Felipe Scolari.
Diante do São Paulo, neste sábado, o Palmeiras não sentiu nenhuma dessas pressões citadas e mostrou que a parte psicológica do time é um dos grandes aliados nessa arrancada no Brasileirão e a boa campanha na Taça Libertadores.
Com frieza e inteligência, o Verdão sofreu muito pouco e dominou praticamente toda a partida. E dava até para ser mais fácil, se o árbitro Wilton Pereira Sampaio tivesse dado falta e expulsado Sidão por pegar com a mão fora da área neste lance aos 9 minutos de jogo:
O primeiro gol saiu aos 33 minutos, de um lance de bola parada, muito mais demérito da zaga são-paulina, que deixou Gustavo Gómez livre para cabecear.
O segundo, no entanto, foi uma prova de como o Palmeiras é letal e sabe o que fazer quando tem a bola. Aos 37 minutos, Mayke puxou contra-ataque após a zaga palmeirense afastar uma cobrança de escanteio e soltou a bola em Dudu. O atacante chutou na trave e a bola voltou para Moisés. Com muita paciência, ele devolveu a bola para Mayke cruzar na medida para Deyverson ampliar.
– A gente procura fazer o simples. As ações que a gente faz no jogo, a gente procura fazer no treinamento, a gente não inventa nada. Mentaliza as ações do treino, porque no jogo vai acontecer a mesma coisa – afirmou o auxiliar-técnico Paulo Turra em entrevista coletiva.
E a jogada parecia mesmo um manual de treino. Os jogadores foram extremamente organizados no contra-ataque, Mayke soltou a bola na hora exata para Dudu e todos souberam aproveitar o desespero do adversário para retomar o controle mesmo depois do chute errado do atacante.
Com os 2 a 0 ainda no primeiro tempo, o Verdão fez de um jogo cheio de ingredientes para ser difícil se tornar fácil, sem sustos.
E essa não é a primeira vez que o Palmeiras faz isso. Foi assim diante Cruzeiro, na última rodada, quando o Verdão vinha de uma eliminação na Copa do Brasil para os próprios cruzeirenses e com resquícios de uma briga entre os jogadores das duas equipes. Com uma zaga sólida, Weverton quase não trabalhou e os palmeirenses venceram por 3 a 1em um dos melhores jogos sob o comando de Felipão.
Contra o Colo-Colo, fora de casa, foi ainda mais elogiável: pressão da torcida adversária, quartas de final da Libertadores, jogo de ida… Nada disso abalou o time, que no toque de bola e nos contra-ataques definiu a partida e encaminhou a classificação para a semifinal, que se confirmou na última quarta-feira.
O Palmeiras tem um sistema de jogo bem definido, difícil de ser penetrado e muito perigoso na armação. Mesmo quando se troca peças, o estilo de atuação não muda. Com Moisés ou Bruno Henrique, com Willian ou Hyoran, com Deyverson ou Borja, não importa. O Verdão é frio, calculista e vai nadando de braçada na reta final do Campeonato Brasileiro.
No próximo domingo, pega o Grêmio, no Pacaembu, pela 29ª rodada, e tem mais uma situação em que a inteligência e o emocinal serão fundamentais para somar mais três pontos e, quem sabe, se isolar ainda mais na ponta, deixando pra trás outro rival direto.
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