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Naomi Osaka evita pressão, mas não esconde expectativa olímpica: “Tóquio seria um sonho”

Fenômeno do tênis, a japonesa Naomi Osaka também é uma das estrelas das Olimpíadas de Tóquio e não esconde que o ouro nos Jogos em sua primeira participação é

Naomi Osaka
Naomi Osaka

Redação Publicado em 22/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 16h16


Bicampeã do Australian Open, japonesa deseja buscar consistência para disputar as Olimpíadas e a turnê do tênis mundial em 2021

Fenômeno do tênis, a japonesa Naomi Osaka também é uma das estrelas das Olimpíadas de Tóquio e não esconde que o ouro nos Jogos em sua primeira participação é seu maior objetivo em 2021. No entanto, a top 2 do mundo revelou que mantém os pés no chão para espantar a ansiedade pelo megaevento, lembrando do caminho que ainda precisa percorrer até julho, data do torneio.

Além do sonho olímpico, a bicampeã do Australian Open – título que faturou neste fim de semana – também falou sobre seu desejo de ser um exemplo principalmente fora das quadras.

– Todo mundo meio que sabe que as Olimpíadas são muito importantes para mim. Seria minha primeira Olimpíada. Tóquio, é claro, seria um sonho. Mas eu não quero pensar muito nisso porque sinto que analisaria demais e me estressaria porque ainda há um longo caminho a percorrer. Eu apenas me concentro em mim mesma e no que posso fazer – disse Osaka.

A japonesa conquistou o quarto Grand Slam de seu currículo, que ainda conta com a edição de 2019 do Australian Open, e os títulos do US Open de 2018 e de 2020. Apesar do bom retrospecto, a tenista de 23 anos quer se preparar mais antes de alcançar sua primeira medalha olímpica.

– Não coloco muita pressão sobre mim dessa forma; meu maior objetivo é ser consistente ao longo do ano, não apenas ganhar um Grand Slam aleatoriamente. Espero estar mais estável este ano e me sentir mais confiante antes de ter esse título – completou a tenista.

Ativismo

Se dentro das quadras o desempenho de Osaka é reconhecido, sua atuação fora delas também não passa em branco. Em 2020, ano de grande efervência social, a tenista participou de manifestações antirracistas, utilizou suas plataformas sociais para levantar discussões como o “body shaming” (quando alguém é alvo de críticas ou piadas pelo corpo) e disputou o US Open com máscaras que carregavam os nomes de afroamericanos mortos pela polícia.

Naomi Osaka faz homenagem a Ahmaud Arbery no US Open — Foto: Al Bello / Getty Images

Naomi Osaka faz homenagem a Ahmaud Arbery no US Open — Foto: Al Bello / Getty Images

A tenista, que também se pronunciou recentemente sobre as falas machistas do ex-presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio, destacou a importância que enxerga em ser um exemplo de conduta através do reconhecimento que adquiriu pelo esporte.

– Meu maior objetivo é tentar usar minha plataforma para tudo e qualquer coisa em que eu acredito e coisas que eu sinto que poderiam tocar uma pessoa. Acho incrível que minha história seja identificável para outras pessoas, então, eu diria que é quase melhor ser conhecido pelas coisas que faço fora da quadra do que dentro dela – concluiu Osaka.

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Fonte: GE – Globo Esporte.

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