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Não investir no Brasil será um grande erro, afirma ministro

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu hoje (20) que os investidores mantenham ativos no Brasil. Guedes destacou que o país manterá a agenda de

Não investir no Brasil será um grande erro, afirma ministro
Não investir no Brasil será um grande erro, afirma ministro

Redação Publicado em 20/10/2020, às 00h00 - Atualizado às 16h36


Em conferência, Guedes diz que agenda de reformas está mantida

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu hoje (20) que os investidores mantenham ativos no Brasil. Guedes destacou que o país manterá a agenda de reformas, atualização de marcos regulatórios e privatizações.Não investir no Brasil será um grande erro, afirma ministroNão investir no Brasil será um grande erro, afirma ministro

“Será um grande erro não investir no Brasil”, disse em conferência, transmitida pela internet, sobre oportunidades para Brasil e Estados Unidos, organizado pelo Milken Institute.

Para o ministro, é natural que a taxa de câmbio fique mais alta, enquanto os juros são mais baixos. “Estamos há um ano e meio sem corrupção no governo, e isso nunca aconteceu antes. É normal que a taxa de juros caia e a taxa de câmbio aumente, mas os investidores estrangeiros podem ficar tranquilos que teremos bons mecanismos de hedge [proteção]”, afirmou.

Reforma tributária

Segundo o ministro, o governo não vai aumentar a carga tributária. “Não vamos aumentar impostos no Brasil, vamos reduzir tributos das empresas”, disse Guedes. Ele acrescentou o governo quer criar imposto sobre dividendos e simplificar o sistema tributário no Brasil.

A primeira parte da reforma tributária foi enviada pelo governo em julho deste ano, com a unificação de tributos na futura Contribuição sobre a Receita decorrente de Operações com Bens e Serviços (CBS), com alíquota única de 12%.

A equipe econômica estuda ainda mudanças no Imposto de Renda, cobrança de alíquota sobre lucros e dividendos e proposta para desonerar a folha de pagamento das empresas em troca da criação de uma contribuição sobre transações.

Preservação ambiental

Guedes disse ainda que o país vem sendo “mal interpretado” no que diz respeito a questões ambientais. Ele lembrou que, no passado, foi considerado importante “ocupar o território” da Amazônia.o que é mal visto até hoje, mas não é possível tirar a população. Ele disse ainda que é preciso haver políticas para preservar e transformar a região.

De acordo com o ministro, é difícil controlar todo o território da Amazônia devido ao tamanho da região, “maior do que a Europa”. “Nossa bandeira é verde e amarela, somos verdes, temos as matrizes energéticas mais limpas do mundo”, enfatizou Guedes.

Abertura de capital

Na conferência, o ministro lembrou que 65 milhões de pessoas foram bancarizadas (tiveram acesso ao sistema bancário) durante a pandemia de covid-19, com o pagamento do auxílio emergencial em conta digital criada pela Caixa Econômica Federal.

“O Brasil é uma democracia digital. Na pandemia, digitalizamos 64 milhões de pessoas. Quanto vale um banco que tem 64 milhões de pessoas que foram bancarizadas pela primeira vez e serão leais pelo resto da vida? Estamos planejamento um IPO [oferta pública de ações] deste banco digital”, disse Guedes.

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Agência Brasil

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