Se você já morou em outro país ou estudou uma língua estrangeira deve se lembrar do dia em que finalmente sonhou naquela língua. "Sonhei em português!", a
Redação Publicado em 11/11/2021, às 00h00 - Atualizado às 07h30
Se você já morou em outro país ou estudou uma língua estrangeira deve se lembrar do dia em que finalmente sonhou naquela língua. “Sonhei em português!”, a nova exposição temporária do Museu da Língua Portuguesa, se debruça sobre a experiência de dor e descoberta de imigrantes que deixaram seu país em busca de uma vida melhor.
A mostra entra em cartaz na sexta-feira (12) na sede do museu, localizado na estação da Luz, tradicional ponto de partida e chegada de imigrantes no coração do bairro do Bom Retiro, na região central da capital paulista, cidade que tem história e presente indissociáveis da imigração.
O g1 visitou a exposição em primeira mão na quarta-feira (10), enquanto ela ainda estava nos ajustes finais de montagem.
A exposição temporária tem uma abordagem histórica dos fluxos migratórios anteriores na construção do português falado no Brasil e ocupa um andar. A exposição principal segue nos demais andares do prédio, reinaugurado em julho depois do incêndio de 2015 que destruiu parte do museu.
A ideia da nova exposição, de acordo com a curadora Isa Grinspum Ferraz, era mostrar a imigração e a experiência com a língua portuguesa do ponto de vista humano e antropológico, já que o assunto sempre é abordado pela imprensa no contexto das tragédias que motivam a mudança de país.
A frase que dá nome à mostra é da imigrante palestina Joana, que passou um ano e meio no Brasil sem conseguir falar português, passando por várias dificuldades. Um dia ela acordou e se deu conta de que tinha sonhado em português. Depoimentos de outros nove imigrantes de diferentes nacionalidades são a base da exposição.
Dominar o idioma do novo país é aumentar o repertório na maneira de ver a vida, pensar, sonhar, de estar no mundo, enfim.
Sonhar em português, desta forma, é um momento simbólico em que o imigrante concretiza sua ligação pessoal com a terra que o recebeu, de acordo com a curadora.
“As línguas são diferentes porque refletem ideias, valores, conhecimentos e visões do universo também diferentes entre si. Cada língua é uma visão do cosmo, com seus provérbios, suas sonoridades, seus ritmos e sua poética própria. Cada uma delas organiza a seu modo a experiência do mundo”, explica.
Na primeira sala, uma instalação mostra nove alfabetos diferentes, como árabe, coreano, chinês, hebraico e cirílico, entre outros.
Uma grande tapeçaria do artista Edmar de Almeida alude às bandeiras como símbolos nacionais. Na proposta da exposição, elas estão entrelaçadas.
Nessa sala, o visitante ainda é apresentado aos fluxos globais de migração no século XXI projetados na parede.
“As imigrações são um assunto crucial do nosso tempo. As pessoas sempre migraram por vários motivos: guerra, fome, seca, tempestade, migram porque querem viver melhor, ou para estudar, por amor. E cada migrante carrega com ele uma língua e uma forma de ver o mundo, então queríamos falar desse assunto através dessas pessoas e não através da gramática, por exemplo”, afirma Isa.
A trilha sonora, composta por artistas convidados, representa “cantos de todos os cantos”, em diferentes idiomas, ritmos e sonoridades.
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G1
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