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Mulheres que sofreram assédio ou abuso sexual podem desenvolver sérios problemas de saúde, aponta estudo

Pressão alta. Ansiedade. Depressão. Insônia. Estas são apenas algumas das possíveis conseqüências para a saúde de mulheres que sofreram agressão sexual e

Mulheres que sofreram assédio ou abuso sexual podem desenvolver sérios problemas de saúde, aponta estudo
Mulheres que sofreram assédio ou abuso sexual podem desenvolver sérios problemas de saúde, aponta estudo

Redação Publicado em 04/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 13h26


Pressão alta. Ansiedade. Depressão. Insônia. Estas são apenas algumas das possíveis conseqüências para a saúde de mulheres que sofreram agressão sexual e assédio, de acordo com um estudo publicado na quarta-feira (3) na publicação científica “JAMA Internal Medicine”.

O estudo incluiu 304 mulheres não fumantes entre 40 e 60 anos. Dezenove por cento das mulheres relataram ter sofrido assédio sexual, 22% relataram ter sofrido agressão sexual e 10% relataram ambos.

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As mulheres no estudo que relataram agressão sexual prévia tinham três vezes mais probabilidade de sofrer de depressão e duas vezes mais chances de ter ansiedade elevada do que mulheres sem histórico de trauma sexual, disse a principal autora do estudo Rebecca Thurston, professora de psiquiatria da Universidade de Pittsburgh.

Aquelas que sofreram ataques sexuais ou assédio foram duas vezes mais propensas a ter problemas de sono, incluindo insônia.

As mulheres que relataram assédio sexual no local de trabalho tiveram pressão arterial mais alta do que as mulheres que não o fizeram, em níveis significativos o suficiente para colocá-las em risco de derrame, aneurismas, doenças renais, ataques cardíacos e outras formas de doenças cardíacas.

O assédio sexual também estava ligado a níveis mais altos de triglicérides, disse Thurston, um importante fator de risco para doenças cardíacas, que é o principal causador de mortes de mulheres nos Estados Unidos.

Embora não seja capaz de reivindicar uma relação direta de causa e efeito entre o abuso sexual e o impacto na saúde, os resultados observacionais foram intrigantes, disse Thurston, especialmente o impacto do assédio sexual no local de trabalho sobre a saúde das mulheres.

“Houve uma falta de diferenças marcantes nos resultados de saúde entre mulheres que foram sexualmente agredidas ou assediadas o que diz muito sobre a universalidade desses tipos de experiências”, disse ela.

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