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MP pede reprovação de contas de Marcondes e Júnior vereadores eleitos em Rio Preto

A promotoria eleitoral pediu nesta quarta-feira (7) a reprovação das contas dos vereadores reeleitos Fábio Marcondes (PR) e Francisco Ruel Júnior (DEM).

MP pede reprovação de contas de Marcondes e Júnior  vereadores eleitos em Rio Preto
MP pede reprovação de contas de Marcondes e Júnior vereadores eleitos em Rio Preto

Redação Publicado em 08/12/2016, às 00h00 - Atualizado às 11h28


Fábio Marcondes e Francisco Ruel Júnior são acusados de irregularidades.
Os dois estão entre os quatro mais bem votados na última eleição.

A promotoria eleitoral pediu nesta quarta-feira (7) a reprovação das contas dos vereadores reeleitos Fábio Marcondes (PR) e Francisco Ruel Júnior (DEM). Marcondes foi o vereador mais votado na última eleição, com 8.095 votos, enquanto Júnior foi quarto com 6.588 votos em São José do Rio Preto (SP). Eles têm 72 horas para responder às acusações.

No caso de Júnior, de acordo com o documento protocolado pelo promotor da 312ª zona eleitoral, Ary César Hernandez, as pessoas que doaram dinheiro para a campanha de Francisco Júnior não teriam capacidade financeira para tanto e teriam usado dinheiro recebido do auxílio atleta para fazer as doações, o que é irregular.

Júnior comandou a secretaria de Esportes, responsável por fazer os repasses aos atletas, por dois anos e três meses. As doações em questão totalizaram R$ 1,5 mil.

O parecer técnico da Justiça Eleitoral também foi pela reprovação das contas. Segundo o documento, não houve registro das despesas com combustíveis por parte da prestação de contas do vereador, além da ausência de registros de serviços contábeis nas contas eleitorais. Júnior sustentou à Justiça que os serviços foram prestados pelo partido, que não declarou os gastos.

Francisco Júnior disse que respeita o ponto de vista da promotoria, mas sustenta que não houve nada de irregular nas suas contas. Ele afirma, ainda, que entregou as declarações de imposto de renda da dupla que fez as doações e que ambos têm condições de arcar com elas. “As duas pessoas não dependiam do auxílio para fazer a doação pra mim. As doações foram feitas de livre e espontânea vontade”, disse.

Sobre o atual presidente da Câmara, Fábio Marcondes, contudo, pesam ainda mais acusações. A primeira delas é a de subfaturamento das contas, tanto na confecção de uma revista que foi distribuída durante o período eleitoral, na prestação de contas do combustível utilizado na campanha, quanto no pagamento para cabos eleitorais.

Há ainda a acusação doações não identificadas na conta, o que configuraria abuso do poder econômico, já que Marcondes transferiu dinheiro de sua conta particular para sua conta de campanha. A reportagem entrou em contado com a assessoria de Marcondes, mas ele  está em viagem e não poderia responder.

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