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MP pede que Justiça barre eleição de Fernando Cury, denunciado por importunação sexual, ao Conselho

A Promotoria da Infância e Juventude do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) ingressou na última segunda-feira (23) com um pedido de liminar na Justiça

MP pede que Justiça barre eleição de Fernando Cury, denunciado por importunação sexual, ao Conselho
MP pede que Justiça barre eleição de Fernando Cury, denunciado por importunação sexual, ao Conselho

Redação Publicado em 26/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 20h11


A Promotoria da Infância e Juventude do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) ingressou na última segunda-feira (23) com um pedido de liminar na Justiça contra a eleição do deputado estadual afastado Fernando Cury (Cidadania) como membro do Conselho Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente (Condeca-SP).

Cury foi eleito no domingo (15) a um mandato de dois anos no colegiado que participa da elaboração das políticas públicas de atendimento à criança e ao adolescente com o governo estadual.

O parlamentar teve o mandato suspenso na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) por 180 dias, após ter sido flagrado apalpando o seio da deputada Isa Penna (PSOL) no plenário da casa e está afastado do mandato até outubro. Ele também foi denunciado à Justiça pelo MP-SP pelo crime de importunação sexual no mesmo caso.

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a denúncia do MP ainda não foi avaliada pela Justiça porque o deputado estadual precisa apresentar a defesa prévia dele antes e ainda não fez isso.

Na ação desta segunda (23), a promotora Luciana Bergamo requereu a suspensão definitiva da nomeação e posse de Cury no Condeca-SP para o mandato 2021/2023, ou a cassação do mandato dele como membro do conselho, caso a nomeação já tenha acontecido.

Em comunicado divulgado à imprensa, o MP-SP diz que “a ação considera que o caso de importunação sexual denota incompatibilidade com a idoneidade moral exigida para o exercício das funções de conselheiro estadual e configura ato de improbidade administrativa”.

Por meio de nota, Fernando Cury reafirmou por meio de nota que “tem sua atuação aprovada no Condeca-SP e a sociedade civil reconhece seu trabalho, por isso foi reeleito”.

“Cury age dentro da lei e que as eleições do Condeca não tem relação com o mandato de deputado, do qual Cury está afastado e cumpre seu afastamento. Sabemos que os danos são irreparáveis quando uma acusação é feita sem fundamento. Por isso, reiteramos que Cury continua afastado durante o período determinado pela Alesp. E o Ministério Público já entendeu em outras situações que, a partir de 9 de abril de 2021, quando Fernando teve seu mandato suspenso, ele não exerceu qualquer atividade relacionada à natureza legislativa”, afirmou a nota (veja íntegra abaixo).

O deputado estadual Fernando Cury (Cidadania) discursa no Condeca-SP. — Foto: Divulgação
O deputado estadual Fernando Cury (Cidadania) discursa no Condeca-SP. — Foto: Divulgação

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G1

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