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MP pede explicações sobre ampliação do rodízio de veículos em SP

O Ministério Público de São Paulo exigiu explicações da prefeitura da capital paulista sobre o decreto que retoma e amplia o rodízio de veículos na cidade. As

MP pede explicações sobre ampliação do rodízio de veículos em SP
MP pede explicações sobre ampliação do rodízio de veículos em SP

Redação Publicado em 08/05/2020, às 00h00 - Atualizado às 11h34


Restrições à circulação de veículos haviam sido suspensas

O Ministério Público de São Paulo exigiu explicações da prefeitura da capital paulista sobre o decreto que retoma e amplia o rodízio de veículos na cidade. As restrições à circulação de veículos haviam sido suspensas no início da quarentena, mas foram adotadas novamente como medida contra a disseminação do coronavírus.

Novo rodízio

Normalmente, a restrição valia para um dia da semana para cada veículo. No rodízio apresentado ontem (7) pelo prefeito Bruno Covas, como medida de enfrentamento à pandemia, os veículos com placa com número final par poderão circular apenas nos dias do mês pares e os com final ímpar, nos dias ímpares. Ao contrário do rodízio normal, a restrição vale também para os fins de semana e durante todo o dia, não apenas nos horários de pico, como no sistema que já existia. A mudança entra em vigor na próxima segunda-feira (11).

Covas justificou a medida com o número crescente de mortes e novos casos de covid-19 que vêm sendo registrados nos últimos dias. Segundo o prefeito, a ocupação dos leitos das unidades de tratamento intensivo do município já passa de 80% e, em alguns hospitais, ultrapassa os 90%.

De acordo com o prefeito, a intenção inicial em suspender o rodízio na quarentena e reduzir as aglomerações de pessoas no transporte público. Porém, a avaliação, agora, é que a medida teve o efeito indesejado de incentivar as pessoas a saírem de casa nos veículos particulares.

Nesta semana, a prefeitura havia tentado colocar bloqueios em avenidas importantes da cidade como forma de reduzir a circulação. No entanto, a ação não aumentou a adesão à quarentena, além de fazer o Ministério Público de São Paulo abrir uma investigação sobre denúncias de que a restrição teria afetado o trânsito de ambulâncias.

Questionamentos

Nos questionamentos sobre o novo rodízio, os promotores querem que a administração municipal explique em até 48 horas os impactos previstos com as mudanças. Entre a série de perguntas formuladas pelo Ministério Público, o órgão quer saber por quanto tempo vão vigorar as novas regras e que estudos embasaram adoção da restrição.

A promotoria também quer saber como será garantido que as restrições não vão impactar a circulação de serviços essenciais e como foi calculado o reforço na frota de ônibus para evitar aglomerações no transporte público.

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