MP diz que Gil Diniz não fez “rachadinha” de salários

O promotor responsável pela investigação diz que seria “temerário” seguir com o inquérito

por Jair Viana

O Ministério Público de São Paulo reconhece que o deputado estadual Gil Diniz (PSL) não praticou a chamada “rachadinha” entre seus assessores como denunciou um ex-funcionário de seu gabinete. O promotor Ricardo Manoel Castro, curador do patrimônio público e social decidiu pelo arquivamento do inquérito que chegou a ser instaurado.

A denúncia contra o deputado foi feita pelo ex-assessor parlamentar Alexandre de Andrade Junqueira, que alegou discordar de suposto pedido de devolução de parte de seu salário enquanto ocupava o cargo.

Durante a investigação o sigilo bancário do denunciante, dos assessores ainda lotados no gabinete, além do próprio deputado foi quebrado “sendo que não resultasse em prova convincente da ilegalidade apontada”, diz o promotor.

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Em um trecho do despacho, o promotor Ricardo Castro escreve que foram adotadas todas as diligências necessárias para apurar o caso.

Ainda em seu parecer, o promotor observa que prosseguir com a investigação “seria temerário”.  Ele também afirma que foi constatado que assessores fizeram saques em espécie na mesma data. “Não há indício de que esse numerário ingresse na conta do deputado”, diz o texto do promotor, que determinou o arquivamento da investigação.

Para o deputado Gil Diniz, o arquivamento era esperado. “Foi de livre e espontânea vontade do MP, coloquei meu sigilo bancário à disposição do promotor, assim como todos os assessores”, disse o parlamentar.

Na opinião de Diniz, a denúncia do ex-assessor era para atacar o presidente Jair Bolsonaro e sua família.

O deputado afirmou ainda que foi usado. “Sabem da minha proximidade com o presidente e seus filhos” ,disse.

O parlamentar acrescentou que está adotando todas as medidas judiciais para que o autor da denúncia seja punido.