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Mourão prevê que CPI causará atrito e cita interferência jurídica

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira (9) que considera uma “interferência que não é devida” a decisão do ministro Luís Roberto Barroso,

Mourão prevê que CPI causará atrito e cita interferência jurídica
Mourão prevê que CPI causará atrito e cita interferência jurídica

Redação Publicado em 09/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h26


Ministro Luís Roberto Barroso, do STF, determinou na noite de quinta a abertura da CPI para investigar a gestão do governona pandemia. Grupo de senadores tenta criar a comissão desde janeiro, mas Palácio do Planalto é contra.

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira (9) que considera uma “interferência que não é devida” a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), de ordenar a instalação no Senado da CPI da Covid.

Barroso tomou a decisão na quinta-feira (8), em uma ação judicial apresentada ao STF pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO).

O pedido de criação da CPI foi protocolado em 15 de janeiro por senadores que querem apurar as ações e omissões do governo Jair Bolsonaro na crise sanitária provocada pela Covid-19. O pedido conta com mais assinaturas do que as 27 necessárias para a CPI ser instalada.

O governo não queria a abertura da CPI. Mourão falou sobre a decisão de Barroso ao ser questionado por jornalistas nesta sexta, durante entrevista no Palácio do Planalto.

“Concordo com outras opiniões que foram dadas, isso para mim é uma interferência que não é devida. E também, vamos colocar o seguinte: nós estamos vivendo um momento difícil, complicado, é um momento em que a gente precisa de união de esforços. E a CPI a gente sabe, vai ser aquela discussão, aquela geração de atrito e atrito não leva a nada, só faz perda de energia”, declarou o vice-presidente.

O Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), declarou várias vezes que instalar a CPI neste momento não auxiliaria no combate à pandemia. Após a decisão de Barroso, o senador disse que instalará a CPI, mas considerou a decisão “equivocada” e que a CPI, na visão dele, servirá de palanque para a eleição de 2022.

Segundo Mourão, Pacheco fez uma análise ampla da situação, levando em conta aspectos políticos, ao segurar a instalação da CPI. Para o vice, eventuais omissões já são investigadas no inquérito em curso na Justiça para apurar a crise sanitária em Manaus.

Por G1

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